A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (4) a décima fase da operação Ararath. O objetivo é apurar o desvio de cerca de R$ 313 milhões em recursos públicos do Governo do Estado de Mato Grosso através da utilização de sistema financeiro clandestino.
Ao todo estão sendo cumpridas 47 medidas de busca e apreensão e 18 conduções coercitivas, conforme decisão judicial expedida pela 5ª Vara Federal de Mato Grosso. Os mandatos estão sendo realizados nas cidades de Cuiabá (MT), Brasília (DF), Luziânia (GO), São Paulo (SP), Caraguatatuba (SP), Curitiba (PR) e Itapema (SC).
As investigações desta fase visam apurar a realização de pagamentos por parte do Governo do Estado em desacordo com as determinações legais a empreiteiras e o posterior desvio desses recursos em favor de agentes públicos e empresários mediante a utilização de instituição financeira clandestina.
A análise de documentos apreendidos em fases anteriores em conjunto com outros elementos de prova, apontaram a utilização de complexas medidas de engenharia financeira praticadas pelos investigados com o objetivo de ocultar a real destinação dada a valores de precatórios pagos pelo Estado de Mato Grosso em nítida violação à ordem cronológica e determinações legais.
Os investigados nesta fase responderão pela prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro, dentre outros que porventura venham a se confirmar.
Segundo a PF, foi expedida ordem de sequestro de bens e valores de R$ 313 milhões, com a finalidade de reparar os prejuízos causados aos cofres públicos.
Embora envolvido nesta fase, também está sendo realizada a prisão preventiva de investigado da Operação Ararath que no período de 60 dias violou 92 duas vezes os termos da utilização de monitoração eletrônica (tornozeleira).
Essa é a terceira operação realizada em duas semanas.
Com informações da Assessoria