A Organização das Nações Unidas, ONU, celebrou nesta sexta-feira (24) o acordo europeu para a redução das emissões de gases, que considerou um "estímulo valioso" para a assinatura de um pacto mundial em 2015 em Paris. Os objetivos fixados pela União Europeia (UE) incluem o corte de ao menos 40% do total de gases lançados até 2030 em relação aos níveis de 1990.
"Aplaudo este passo que proporciona um estímulo valioso para o acordo climático mundial em 2015 em Paris", declarou a secretária da ONU para o clima, Christiana Figueres, que está em Bonn, Alemanha, onde os países discutem os diferentes parâmetros do pacto. "Abre a porta para uma ambição maior de todos os países", disse no penúltimo dia de negociações.
"O fato de que 28 países da UE, que estão em diferentes fases do desenvolvimento econômico, sejam capazes de alcançar um bom compromisso é um bom presságio sobre a possibilidade de que todos os países cheguem a um acordo efetivo no próximo ano", completou Figueres.
O que muda?
A UE deverá incluir em sua matriz energética ao menos 27% de produção de energia de fontes renováveis. A economia de energia terá uma meta sugerida de 27%, não sendo obrigatória.
Soma-se a isso o compromisso de fomentar as interconexões energéticas, um tema de grande interesse para Espanha e Portugal, que permitirá conectar a península ibérica à rede de distribuição elétrica europeia.
Os avanços não foram suficientes, segundo as organizações ambientalistas. O Greenpeace lamentou que os presidentes europeus tenham "freado uma energia limpa". A organização Oxfam considerou o acordo "insuficiente" e destacou que a UE deve colocar todo seu peso para combater a mudança climática. A ONG Friends of the Earth denunciou, por sua vez, que o acordo "põe os países poluentes na frente do povo".
G1