O “Pacto pelo Pantanal” é um acordo entre diversos setores da sociedade e o poder público mato-grossense, com objetivo de proteger as cabeceiras do Pantanal, que são responsáveis pela inundação de 80% da planície. Pantanal é uma região de importância mundial, sendo a área mais úmida do planeta, sua conservação é fundamental para os três milhões de pessoas que habitam a região, para o abastecimento de cidades e áreas rurais, e também para diversos setores que dependem do uso da água para suas atividades.
Mais de 40 entidades integram esta aliança, divididas entre setor público, privado e sociedade civil. O setor público é representado pelo Governo do Estado de Mato Grosso e 25 prefeituras; o setor privado pelas empresas, indústrias e setor agropecuário; e a sociedade civil, as organizações não governamentais, universidades, associações, sindicatos.
A iniciativa começou após um estudo realizado em 2012 pela World Wide Found for Nature juntamente com a The Nature Conservancy, Centro de Pesquisas do Pantanal, CNPQ, HSBC e a Caterpillar. A pesquisa denominada “Análise de Risco Ecológico da Bacia do Rio Paraguai” identificou as áreas de risco ecológico e de maior contribuição hídrica na bacia no Pantanal, as chamadas “caixas d’água”. Através desta investigação foi descoberto que 14% da bacia está em alto risco e que importantes zonas de contribuição hídricas estão inclusas nesta porcentagem.
O Pacto pelo Pantanal planeja recuperar pelo menos 50 nascentes, conservar mais de 700 quilômetros de rios em 25 municípios de Mato Grosso e fortalecer o desenvolvimento sustentável da região, principalmente a agropecuária. Grande responsável pelo desmatamento do Pantanal.
