Neste final de semana nós do Gestão de Si fizemos um curso de comunicação não violenta, ou CNV, um caminho estruturado pelo americano Marshall Rosenberg. Dentre muitos ensinamentos que ainda irei trocar com vocês, um que está ressoando em mim é que SEMPRE tenho escolhas e todas as minhas escolhas são feitas para atender a necessidades específicas. O outro também tem essas necessidades, sem julgamento de certo ou errado. Necessidade de atenção, cuidado, reconhecimento, segurança etc. O exercício proposto por ele foi: pense em algum comportamento de alguém que te irrite; logo escolhi vitimização. Quando alguém se vitimiza me deixa ainda muito irritada.
Ok; primeiro, olho para as minhas necessidades, neste exemplo – são importantes pra mim a alegria, a admiração, a felicidade da pessoa (principalmente se é da família). Agora, tento olhar para as necessidades da pessoa – quer atenção, cuidado, se sentir amada. Incrível como muda a intensidade da emoção. Uma das nossas maiores buscas é pela felicidade; o outro, também. Pare alguns minutos e pense nas suas escolhas, trabalho, alimentação, relacionamentos, quais necessidades estão sendo atendidas?
A importância deste exercício é que nossas necessidades mudam, ou são reveladas, com a maturidade. Às vezes você escolheu trabalhar em uma grande empresa pelo desafio, status, salário, mas o com tempo percebe que algo está faltando. Todo lugar tem seus prós e contras, mas em alguns ambientes corporativos faltam conexão, cuidado, empatia e principalmente, você se torna quase invisível. Cuide do seu destino, não entregue de bandeja sua vida preciosa para nenhuma empresa, e o mais importante: a escolha é sua. Não coloque a culpa em ninguém. No final o que fica não é o que você fez, sua profissão, mas sim quem você foi. Qual foi a última vez que você olhou de verdade nos olhos no seu colega? Como já nos ensinou o princípio africano do Ubuntu: “… até você me ver eu não existo”. Namastê.