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Onda de calor faz Rio Grande do Sul suspender ínício das aulas na rede estadual

A onda de calor que irá passar pelo Rio Grande do Sul nos próximos dias fez com que a primeira semana de aula fosse suspensa no Estado. O início do ano letivo em 2.320 escolas da rede estadual de ensino, que começaria nesta segunda-feira, 10, foi adiado para a próxima semana.

A decisão é do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que atendeu ao pedido do Centro dos Professores Estaduais do Rio Grande do Sul (CPERS Sindicato) em função da previsão de dias de calor extremo, com temperaturas acima dos 40º.

Desde o início de fevereiro, o Estado enfrenta um calorão recorde, provocado pela falta de chuvas regulares na parte norte da Argentina e no centro-oeste do Estado. Na última terça-feira, 4, o município de Quaraí registrou 43,8 ºC, maior temperatura já registrada no Estado. Um alerta vermelho de grande perigo foi emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Segundo o Tribunal de Justiça do RS, a decisão levou em conta previsões de agravamento da onda de calor para esta semana. De acordo com o MetSul, a onda de calor na região deve ir até quarta-feira, 12, com temperaturas de 40ºC a 43ºC e sensação térmica próxima ou acima dos 50 ºC, além de temporais, vendavais e granizo, e diz que “condições perigosas de calor para a saúde e a vida das pessoas estão previstas”.

O sindicato dos professores aponta que a grande maioria das escolas estaduais não são equipadas com ar-condicionado e, quando possuem, enfrentam problemas com a rede elétrica para sustentar o uso dos aparelhos. O pedido à Justiça ainda cobra o governo gaúcho a tomar providência para mitigar as consequências do calor – entre elas, o adiamento do início do calendário escolar. Segundo a petição, algumas prefeituras já optaram pelo adiamento.

O governo do Rio Grande do Sul, entretanto, recorreu da decisão. “42% dos estudantes encontram-se em situação de vulnerabilidade social, sendo a escola um espaço de acolhimento e segurança, onde os pais confiam no aprendizado de seus filhos enquanto trabalham”, afirma.

‘Novo normal’ relativo aos eventos climáticos

A desembargadora diz ainda que reconhece a importância do cumprimento do calendário escolar já previsto, no entanto, afirma que a medida de suspensão de retomadas das aulas “mostra-se necessária para garantir o bem-estar de alunos e colaboradores”.

“Inúmeras crianças e adolescentes, bem ainda, professores e demais funcionários, precisam se deslocar a pé, ou por transporte público, em meio a temperaturas altíssimas conforme previsto”, acrescenta a magistrada.”Oportuno lembrar que esse é o ‘novo normal’ relativo aos eventos climáticos que se mostram presentes, inclusive no mundo todo. Assim, necessária a adoção de medidas concretas e urgentes a fim de mitigar esses efeitos”, ressalta.

SP e Rio também devem ter altas temperaturas

De acordo com a Climatempo, a onda de calor, prevista para o período de 12 a 18 de fevereiro de 2025, poderá elevar os termômetros em 40°C em áreas do Estado do Rio de Janeiro, incluindo a Grande Rio, no noroeste de Minas Gerais, no oeste da Bahia, no Vale do São Francisco, na Bahia, e na região de sertão entre Bahia, Pernambuco e Piauí.

Para as capitais São Paulo e Belo Horizonte, a expectativa é de temperatura de até 35°C. No caso de Vitória, de até 38°C.

Estadão Conteudo

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