Cirurgiões usaram óculos de realidade virtual para planejar cirurgia em coração de bebê (Foto: CNN Newsource)
A vida de um bebê que nasceu em agosto nos Estados Unidos com apenas um pulmão e metade do coração foi salva com a ajuda dos óculos de realidade virtual do Google. Segundo a rede CNN, médicos do Hospital Infantil Nicklaus, em Miami, usaram o equipamento para observar imagens em 3D do coração da criança e planejar uma delicada cirurgia, que não poderia ter sido realizada sem uma visualização prévia tão detalhada do órgão defeituoso.
Os óculos de papelão, chamados Google Cardboard, são vendidos por menos de US$ 20 nos Estados Unidos e permitem ver imagens tridimensionais em realidade virtual quando usados junto com um smartphone equipado com um aplicativo específico.
A menina Teegan Lexcen nasceu em agosto com defeitos raros nos órgãos. Os primeiros médicos que a atenderam disseram aos pais, Cassidy e Chad Lexcen, que não havia nada a ser feito e que o bebê deveria ir para casa para morrer perto da família.
Dois meses depois, os pais contataram o cirugião cardiovascular Redmond Burke, do Hospital Infantil Nicklaus. Seu nome estava em um artigo sobre os cirurgiões mais inovadores do mundo que o casal descobriu na internet. A equipe do médico pediu para que enviassem imagens do coração de Teegan.
Para tentar elaborar um plano do que poderia ser feito em uma cirurgia para corrigir o problema, Burke pediu que sua equipe fizesse um modelo em 3D do coração do bebê. Como a impressora 3D do departamento estava quebrada, o grupo resolveu testar os óculos de realidade virtual, normalmente usados em jogos, para visualizar o órgão em três dimensões.
Quando teve essa visão detalhada do coração do bebê, Burke teve uma ideia de como poderia tratá-lo. A cirurgia foi feita há quatro semanas e Teegan passou a respirar sem equipamentos nesta quarta-feira. Os médicos esperam que em duas semans ela possa ir para casa e ter uma recuperação completa.
"Foi impressionante ver esses óculos de papelão e esse celular e pensar que isso foi o que salvou a vida de nossa filha", disse Cassidy Lexcen, a mãe da criança, à CNN.
Fonte: G1