Cidades

Obras no Morro do Despraiado ainda não foram concluídas

Foto: Ednei Rosa

Encerrou nesta quarta-feira (07) o prazo para a entrega das obras de contenção no Morro do Despraiado, no bairro Santa Helena, em Cuiabá. O contrato que determinava 60 dias para a conclusão dos serviços não foi cumprido, pois segundo a empresa vencedora da licitação, PPO Pavimentação e Obras Ltda., ainda há moradores no local.

O contrato firmado entre a empresa e a extinta Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) foi de R$ 1,9 milhão. A vigência do contrato é de 120 dias. 

Na época da assinatura do contrato, o então assessor especial da Secopa, Jamir Sampaio, afirmou que seriam realizados cortes acentuados na encosta do morro, para minimizar os puxões de terra, estabilizar o talude e acabar com o deslizamento existe no local. 
 
Ainda segundo ele, não haverá a necessidade de construção de um muro de contenção. “Vamos fazer apenas a reconformação da encosta, instalando ainda dispositivos de drenagem e, por fim o revestimento da vegetação no local.

Por telefone, a PPO Pavimentação informou ao Circuito Mato Grosso que o prosseguimento das frentes de trabalho na obra estão prejudicados, pois ainda há uma família morando no local.

Segundo informações, o entrave para a desocupação da única casa abitada é o atraso no repasse da indenização.

Sob pressão, muitas famílias acabaram saindo de suas casas às pressas, sem a certeza de quando receberão suas indenizações, já que os pagamentos foram realizados pela Secopa, mas a liberação da justiça ainda não foi dada. A ação está na 2ª Vara da Fazenda Pública Estadual, sob responsabilidade do juiz Roberto Teixeira Seror.

Erro 
 
Durante a edificação do viaduto, cujo custo foi de R$ 18,9 milhões, as empreiteiras responsáveis pela obra fizeram um corte no barranco sem que houvesse planejado a construção de um muro de arrimo no local para evitar deslizamentos. O erro foi denunciado com exclusividade pelo Circuito Mato Grosso em setembro do ano passado.
 
À época, o geólogo do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MT), Mário Cavalcanti de Albuquerque, disse ao Circuito que o corte praticado colocou a rocha em exposição, abrindo a possibilidade de deslizamentos em época de chuva, o que veio a se concretizar meses depois. 

Ao todo, nove imóveis precisaram ser desapropriados. As indenizações somaram R$ 2,8 milhões.

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Redação

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