Em maio do ano passado, o governador Silval Barbosa anunciou que as obras seriam retomadas após um período sem recursos. Até o momento, foram gastos cerca de R$ 800 mil e no local há apenas uma estrutura metálica instalada, que após todos esses anos, já se encontram em péssimo estado.
A expectativa é de que o local se torne um museu temático, além de se tornar um centro cultural e um jazigo para guardar os restos mortais de Rondon. O memorial estava cotado para ser uma das atrações turísticas de Cuiabá na Copa do Mundo.
Para o presidente da Associação dos Amigos de Marechal Rondon, Ivan Pedrosa, é desagradável se deparar com as ruínas do memorial. Em meio a tantas histórias sobre os desbravamentos de Rondon, o presidente destaca que terminar o memorial é uma questão de honra ao Estado.
"Devido a importância do Rondon para a história do nosso Estado, e do Brasil, é preciso que esse memorial seja terminado em respeito também a honra de Rondon e de todos os mato-grossenses", destacou.
Porém, faltando 141 dias para o mundial, a realidade é outra. Segundo José Caetano, conhecido como professor Caetano, a situação da estrutura do memorial reflete o descaso e a falta de vontade do governo.
"Quando foi anunciada a construção, nós, moradores da região, acreditamos que seria uma forma de desenvolvimento do distrito, uma vez que agregaria mais fomentação do turismo no local", comenta.
O professor classifica a estrutura como um 'elefante branco', que atualmente está todo enferrujado, e sumindo no meio da natureza. "Por enquanto, o memorial é só em pensamento, pois o que já foi construído está sendo morto pela natureza", acrescentou Caetano.
De acordo com Ivan, a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) está responsável pela elaboração de um edital, que irá escolher uma empresa responsável para dar continuidade ao projeto.
Fonte: Diário de Cuiabá