Política

“Obra do pronto-socorro de Cuiabá pode ser paralisada”, alerta senador

O senador Wellington Fagundes (PR-MT) alertou sobre os riscos da paralisação das obras do novo pronto-socorro de Cuiabá, em construção nas imediações do Centro de Eventos do Pantanal. A declaração foi feita, nesta segunda-feira (20), ao discursar sobre os eventos que a Comissão Especial de Obras Inacabadas do Senado realizará este ano em Mato Grosso.

Segundo o líder do bloco Parlamentar Moderador, as obras que faz parte de um convênio entre a Prefeitura de Cuiabá e o Governo do Estado estão praticamente paradas desde o ano passado, tendo a redução de 700 funcionários para 20. “Ou seja, fez de conta que estava trabalhando”, salientou o republicano.

Além da movimentação das obras, o senador pontuou que até o momento os repasses do convênio não foram regularizados, fato que colocaria as obras sob risco de paralisação.

Wellington Fagundes disse ser angustiante a situação do atual Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, na região central de Cuiabá, enfrenta uma exaustão. “Lá, há pessoas, nas macas, nos corredores, parecendo um campo de guerra. É um sofrimento inaceitável, a população está morrendo por falta de decisão, do investimento necessário a ser feito naquelas unidades hospitalares do Estado de Mato Grosso”, criticou.

Na bancada Federal, o senador afirma que as obras da saúde são motivo de muitas reuniões, inclusive, na semana passada, deputados e senadores voltaram a discutir os investimentos a serem feitos no Estado com os recursos das emendas impositivas aprovadas no Orçamento Geral da União.

Cerca de R$ 80 milhões estão previstos para serem investidos na aquisição de equipamentos para o novo Pronto Socorro Municipal.

Disputa de paternidade de obras

Ao defender que os recursos das emendas sejam utilizados pela Prefeitura ao invés de serem repassados ao Governo do Estado, Fagundes apelou para que não se repita o que o governador Pedro Taques falou há poucos dias: "Ah, esse quer ser o pai da obra; aquele outro quer ser o pai da obra". 

Segundo o senador, a população não quer saber quem será o pai da obra. “A sociedade está cobrando porque as pessoas estão morrendo por falta de decisão política, por falta de aplicação dos recursos, sendo que há recursos parados na conta do Estado há mais de dois anos” – lamentou.

Outras obras

O senador Wellington Fagundes também confirmou a realização em Cuiabá – em data a ser definida – de uma audiência pública da Comissão Especial de Obras Inacabadas. Ele ressaltou que o fato de Mato Grosso ter sido uma das sedes da Copa do Mundo havia “esperança com a Copa do Mundo é que ficasse um grande legado para a população mato-grossense”.

Wellington destacou que muitas obras foram conquistadas, mas o atual Governo decidiu que deveria paralisar todas as obras para fazer as auditorias. “Isso é um direito de cada governo. Só que já passaram dois anos, e essas obras, muitas delas lá, continuam inacabadas, paralisadas” – frisou. Os prejuízos com essa atitude, segundo ele, são relevantes.

“Eu acho que fazer auditoria é um papel principalmente do Ministério Público, do Tribunal de Contas, e quem foi eleito para governar tem que ter o papel de administrar, tocar as obras, tocar o Estado em frente, trazer novas esperanças e novas expectativas – disse. Se existiu algum problema no passado, seja na sua licitação, seja na execução da obra, cabe ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas buscar reparar, cobrando através da Justiça a reparação. Agora, cabe a quem foi eleito, com muitas esperanças, dar continuidade às obras”.

Valquiria Castil

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