Foto: Assessoria Câmara Cba.
Durante vistoria a construção do novo Hospital Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, os vereadores da Capital identificaram lentidão no ritmo dos servidores, com apenas 80 trabalhadores no canteiro de obras.
Na visita realizada na manhã desta segunda-feira (8) o presidente do Legislativo Municipal, Justino Malheiros (PV), e outros vereadores se reuniram com os proprietários das construtoras Lotufo e Concremax – que formam o consórcio responsável pela obra.
Aos parlamentares, o coordenador Geral da Obra, engenheiro Orozimbo Guerra Neto, afirmou que no início, a obra contava com 400 funcionários. No entanto, o ritmo dos trabalhos diminuiu, por conta da crise financeira e o atraso nos repasses por parte do Governo do Estado.
“A Prefeitura vem repassando sem atraso o percentual correspondente. O Governo do Estado, porém, fez três repasses, sendo, 10 milhões em 2015, 5 milhões em 2016 e 3 milhões em 2017, valor que já faz parte de uma pactuação que estabelece 11 rapasses mensais de 3 milhões – a partir de abril, e finalizando com 2 milhões em março de 2018”.
Pelo contrato, o Estado ficou responsável em providenciar 65% dos recursos, e a Prefeitura os 35% restantes. Os repasses deveriam ser executados conforme as medições apresentadas. Hoje, com 22 medições, o governo estadual repassou 18 milhões e a Prefeitura 11. Com esse montante, foi possível alcançar 31% da obra.
As obras, com orçamento de R$ 76,9 milhões, tiveram início em meados de 2015, com prazo de ser entregue em 2017 – 24 meses -, mas devido aos atrasos nos repasses, segundo as empreiteiras, será necessário estabelecer um novo cronograma de trabalho.
Durante a reunião, os vereadores decidiram pela criação de uma comissão para acompanhar de perto os trabalhos no canteiro de obras.
As dificuldades do projeto
De acordo com Orozimbo, os problemas da construção tiveram início já no momento de escolha do projeto, que foi adquirido pronto pelo ex-prefeito Mauro Mendes (PSB). Com isso, a construtora teve de fazer adequações, pois a planta não se ajustava ao terreno.
“Este mesmo projeto já havia sido executado em dois estados do nordeste, então, para ganhar tempo à prefeitura optou pelo aproveitamento. Mas tivemos de modificar a base, que era por sapatas e tivemos que mudar e usar estacas, só isso consumiu mais de três meses e começou a provocar os atrasos”, revelou Orozimbo.
Outro problema apontado pelo engenheiro diz respeito a manta de impermeabilização, por que na região nordeste ocorre o fenômeno de sanilização, pela proximidade do mar. Em Cuiabá essa providência não era necessária, e assim foi preciso tirar essa previsão do projeto.
Com Assessoria
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