A aprovação não significa que as obras já possam começar, mas dá sinal verde para que a REX, braço do EBX que cuida dos empreendimentos imobiliários, inicie o detalhamento das intervenções.
Como a área é tombada, a reforma só pode começar após aprovação pelo Iphan do projeto executivo –detalhamento do que será feito.
O projeto está em sua terceira versão, após críticas de arquitetos e desaprovação do órgão federal de patrimônio. Desde 2010, a empresa de Eike tenta realizar as obras.
No novo projeto, está prevista a construção de um edifício de 15 metros de altura e intervenções em uma área de 20.000 m² com a construção de um centro de convenções e reforma da área de lojas já existente.
A nova versão diminui à metade a área construída –antes previa-se obra de 40.000 m². E, segundo a empresa, respeita o tombamento do parque.
O projeto do arquiteto Afonso Eduardo Reidy para o parque do aterro do Flamengo é tombado desde 1965. Qualquer intervenção na área de 1,2 milhão de metros quadrados depende do Iphan.
POLÊMICA
O projeto do grupo EBX chegou a ser aprovado em 2010, quando arquitetos e urbanistas o criticaram dizendo que ele desfiguraria a área tombada. A empresa o reapresentou em julho passado, quando foi rejeitado pelo Iphan, que criticou cinco pontos. Após novas mudanças, foi aprovado em janeiro.
A arquiteta Andrea Redondo, ex-presidente do Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural do Rio, afirmou que a principal crítica ao projeto é relacionada ao uso que se quer dar à área.
"O parque do Flamengo é uma área pública e, pelo projeto de Reidy, com equipamentos culturais. Não é lugar para centro de convenções e shopping", afirma ela.
A EBX diz que serão realizadas audiências públicas durante o licenciamento ambiental da obra, após aprovação definitiva do Iphan.
Fonte: FOLHA.COM