— Aprendemos a lição de uma longa e cara incursão no Iraque — disse após a pergunta de um jornalista sobre como garantir que os EUA não entrariam em novo conflito. — Não acho que resolveremos o problema em semanas, levará um tempo.
Obama explicou que os Estados Unidos decidiram intervir porque o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico foi mais rápido do que era esperado pelos serviços de inteligência. E disse os ataque aéreos americanos destruíram armas e equipamentos que insurgentes poderiam ter usado para atacar Irbil, a capital curda iraquiana.
O presidente acrescentou que os EUA querem criar uma "passagem segura para os membros do grupo minoritário do Iraque", referindo-se aos refugiados das Montanhas Sinjar, no Norte do país. Mais cedo, em seu pronunciamento semanal da Casa Branca, Obama disse que iria prosseguir com os bombardeios aéreos contra os jihadistas se necessário para proteger diplomatas e assessores militares americanos, assim como os refugiados.
— Os milhares, talvez dezenas de milhares, de homens, mulheres e crianças iraquianos que fugiram para a montanha estão morrendo de fome e sede. Os alimentos e a água jogados do ar os ajudará a sobreviver — disse no início da manhã.
Segundo o presidente americano, França e Reino Unido vão reforçar os esforços humanitários dos Estados Unidos para ajudar os civis refugiados.
— O presidente François Hollande e o primeiro-ministro David Cameron expressaram um forte apoio a nossas ações e estão de acordo em nos apoiar na assistência humanitária que oferecemos aos iraquianos que mais sofrem.
Milhares de refugiados yazidis seguiram para as montanhas de Sinjar, mas estão cercados por forças do Estado Islâmico. Aviões militares americanos jogaram pacotes com água e alimentos para os civis que fogem da violência jihadista no Iraque, segundo anunciou o Pentágono.
Obama disse que continuará proporcionando assistência e assessoria militar ao governo de Bagdá e às forças curdas, mas insistiu em várias ocasiões sobre a importância de o Iraque formar seu próprio governo integrado.
O Globo