Internacional

Obama e Putin concordam em negociar para evitar conflitos

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente russo, Vladimir Putin, posam para foto antes de encontro bilateral nesta segunda-feira (28) em Nova York, nos EUA, na sede da ONU (Foto: Andrew Harnik/AP)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram nesta segunda-feira (28) em direcionar suas forças armadas para manter conversas a fim de evitar um conflito sobre possíveis operações na Síria, disse uma autoridade dos EUA, segundo a Reuters.

Os dois também concordaram em explorar opções para uma solução política na Síria, mas discordaram sobre o futuro do presidente Bashar al-Assad.
O encontro durou cerca de 90 minutos e ocorreu em tom amistoso, apesar de os dois presidentes terem expressado pontos de vista diferentes e se criticado indiretamente em seus discursos diante da Assembleia Gerla da ONU

Em seu discurso, Obama chamou Assad de tirano e criticou a falta de democracia na Síria, em um ataque à Rússia e ao Irã, que apoiam o regime sírio. Apesar disso, o presidente americano se disse disposto "a trabalhar com com qualquer nação, incluindo Rússia e Irã, para terminar o conflito".

Já Putin voltou a dizer que é um “erro enorme” não cooperar com o governo sírio na guerra civil. "Devemos reconhecer que ninguém salvo as forças armadas do presidente Assad combatem realmente o Estado Islâmico e outras organizações terroristas na Síria", afirmou o presidente russo.

Envolvimento militar russo

Putin disse que seu encontro com Obama foi "muito útil e franco", e os dois discutiram o envolvimento russo em uma campanha militar contra os militantes do Estado Islâmico na Síria.

"Quando se trata do envolvimento russo, estamos refletindo sobre o que realmente faríamos para apoiar aqueles que estão no campo de batalha, resistindo e lutando contra os terroristas, o Isis (Estado Islâmico) em primeiro lugar", disse Putin a jornalistas.

Ele disse que não descarta realizar ataques aéreos em apoio às forças do regime do presidente sírio. "Estamos pensando nisso. Não descartamos nada, mas, se agirmos, será apenas respeitando por completo as normas legais internacionais", afirmou.

Essas normas, acrescentou, exigem que os ataques sejam requisitados pelo governo local, ou autorizados por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU – diferentemente dos que são realizados na Síria pela coalizão liderada pelos EUA.

Ele afirmou que o Exército sírio e a milícia curda é que estão envolvidos na luta contra o Estado Islâmico e outros grupos extremistas. "Não pode haver qualquer conversa sobre qualquer operação terrestre, sobre as tropas russas participando disso", declarou Putin.

Sobre a reunião com Obama, ele disse: "Nós temos muitas coisas para fazer … há oportunidade de trabalhar para (resolver) problemas comuns em conjunto."

Putin, entretanto, rejeitou os apelos de Obama e do presidente da França, François Hollande, pela renúncia do líder sírio, Bashar al-Assad.
"Eu me relaciono muito respeitosamente com meus colegas dos Estados Unidos e da França, mas eles não são cidadãos da Síria e não deveriam se envolver com a escolha da liderança de outro país", disse.

Fonte: G1

Redação

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