O que não te contam sobre os benefícios de comer sempre no mesmo horário

por Agência de Notícias
29 de agosto de 2025

Manter horários regulares nas refeições ajuda a equilibrar o metabolismo, favorece a digestão e previne problemas como resistência à insulina e efeito sanfona

Por Jonatas Magno

É fundamental para a saúde manter hábitos alimentares equilibrados, e estabelecer uma rotina nos horários das refeições pode trazer diversos benefícios para o bom funcionamento do corpo. A nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição da UNINASSAU Maracanaú, Jamile Tahim, explica como a regularidade alimentar influencia diretamente o metabolismo e a digestão.

“Estabelecer uma rotina alimentar regular, com horários consistentes que respeitem o ciclo circadiano (24 horas) e que ofereça qualidade e quantidades adequadas, favorece a adaptação do corpo a um padrão saudável. Isso contribui para a otimização dos processos de digestão, absorção e metabolização dos nutrientes, além de melhorar a função digestiva, regular os hormônios, como a grelina e a leptina, responsáveis pelo controle dos sinais fisiológicos de fome e saciedade, modular a glicemia e controlar o perfil lipídico”, disse.

Além disso, uma rotina organizada e planejada traz benefícios para a saúde física e mental, segundo a nutricionista. O hábito auxilia na estabilização dos níveis de glicose, na regulação da insulina e do glucagon e potencializa a capacidade de digestão, absorção e metabolização de vitaminas e minerais. Além disso, contribui para a saúde intestinal e pode até melhorar a composição corporal, como o percentual de gordura corporal, gordura visceral, percentual de músculo.

No contexto da saúde mental, os nutrientes consumidos regularmente desempenham um papel fundamental no aumento das funções cognitivas e na produção de neurotransmissores relacionados ao bem-estar.

“Vale destacar que uma alimentação equilibrada pode ajudar a prevenir episódios de exagero alimentar ou “comer transtornado”. São impulsionados pelo estresse e pela ansiedade em situações em que as pessoas buscam conforto na comida e aumentam a percepção dos sentimentos de culpa. Esses episódios podem influenciar a adesão a dietas restritivas, criando um ciclo de sofrimento emocional, privação alimentar e baixa autoestima”, afirma Jamile.

Nesse contexto, pessoas que mantêm hábitos alimentares irregulares — como pular ou omitir refeições com frequência, ou ainda realizar jejum sem acompanhamento profissional — podem desenvolver diversos problemas metabólicos. Entre eles estão a resistência à insulina, importante fator de risco para o diabetes tipo 2, alterações hormonais, maior percepção e descontrole da fome, aumento da fome emocional, oscilações de humor, ganho de peso indesejado e o chamado efeito sanfona.