A campanha deste ano que propus foi trazer mais consciência para o ‘cultivar’, pequenos gestos, passos, escolhas que trazem mais significado para o nosso dia. E durante este mês muitas coisas aconteceram, muitas pessoas me procuraram para pedir ajudar para alguém doente, pessoas que ‘aparentemente’ estavam bem, funcionando.
Olhando para nós hoje, nosso ritmo, nossas escolhas, nossos relacionamentos, uma pergunta ficou muito forte em mim: para que?
Victor Frankl nos alerta para esse ‘esvaziamento’ de significado, o que ele chama de ‘vazio e frustração’, “… este vazio existencial acontece porque “os instintos não dizem ao homem o que ele tem de fazer e, diferentemente do homem do passado, o homem de hoje não tem mais a tradição que lhe diga o que deve fazer. Não sabendo de onde vem e tampouco o que deve fazer, no fundo já não sabe muitas vezes o que quer.
Assim, só quer o que os outros querem ou só faz o que os outros querem que faça”. Te pergunto pra que você faz o que faz? E aqui uso ‘pra quê’ com o objetivo de te levar a outra pergunta que já fiz aqui, o que você quer quando quer? Como posso cultivar algo que não é meu? Que não é pra mim? Penso que essa pode ser uma das razões desse vazio gigantesco, a dificuldade de enxergar as prioridades, o que realmente me preenche e me faz feliz.
E para isso é cultivar. Cultivar significa olhar, respeitar o tempo do que tem que nascer, escolher o que fica ou não, adubar, estar presente. Como você tem cultivado o SEU dia? Você tem próximo a você quem realmente importa? O que precisa partir? O que precisa ser plantando neste jardim?
Como já disse as leis da colheita: colhemos o que plantamos, onde plantamos, quando plantamos e muito mais do que plantamos. Escolha o que, quem, cultivar com sabedoria, e lembre-se que essas escolhas só irão fazer sentido pra você, torne-se dono dos seus desejos e cultive o SEU caminho com liberdade, são essas escolhas ‘reais’ que irão preencher este vazio. Fique bem.