Há muitos anos, um aluno de Inglês chegou pra aula com os olhos vermelhos de cansaço e disse que tinha acabado de chegar de viagem e tinha vindo direto pra aula. Eu disse: vai pra casa, remarcamos a aula. Ele imediatamente respondeu: “Não, eu escolhi e vou cumprir, na minha vida eu queimo as pontes e não olho pra trás”. Me lembro o quanto essa fala dele despertou uma profunda admiração em mim. Hoje, muitos anos depois, lendo um artigo da Endeavor sobre o empreendedor Marcos Arruda, da Moneto, me lembrei disso novamente.
Segue um trecho do artigo: “O QUE DEPENDIA DE MIM, EU FUI LÁ E FIZ”:
“Nascido no interior da Bahia, Marcos sempre sonhou alto. Desde os 14, queria estudar na AFA – Academia da Força Aérea. E foi depois de uma conversa com um piloto da Esquadrilha da Fumaça, que descobriu que a distância entre ele e seu sonho era uma questão de sentar e estudar. E foi o que ele fez. Estudou muito e conseguiu ingressar na FAB. Só que como a vida não é um caminho reto, o sonho foi interrompido antes do esperado: durante uma pane em seu rádio em um voo de instrução aérea, a torre de comando começou a enviar sinais coloridos que Marcos não foi capaz de enxergar. Imagine a surpresa e a frustração quando naquele dia ele descobriu que era daltônico. QUEIMANDO O BARCO. Precisou sair da FAB e voltou para o interior da Bahia para se reinventar. Você teria desistido? Ele também não. Decidiu que queria entrar no ITA – Instituto de Tecnologia e Aeronáutica, em São José dos Campos. Fez um acordo com o cursinho universitário da cidade, pegou alguns livros emprestados e, como ele mesmo conta, ‘queimou o barco’. Na antiga história, se você chega a uma ilha e queima seu barco, não existe mais a possibilidade de voltar atrás, de desistir. Só te resta seguir em frente. E mais uma vez foi o que ele fez. Não só entrou na faculdade como no segundo ano já estava à frente de um projeto de tecnologia que acabou se tornando seu primeiro negócio de crescimento acelerado.”
Incrível, né? Penso que cada vez mais precisamos fortalecer esse músculo da escolha e decisão, nada enfraquece mais uma relação do que a falta de palavra e a falta de ação.
O convite que gostaria de te fazer é: escreva a frase acima e medite sobre ela, “O QUE DEPENDIA DE MIM, EU FUI LÁ E FIZ”. Faça a sua parte. Fique bem.