Um negócio tem de ficar de olho no benchmark do mercado. Mas o que significa isso? A expressão é uma palavra em inglês e significa referência, modelo. Ou seja, alguma coisa que está dando certo e que pode ser uma bússola no caminho do sucesso – sempre com as devidas adaptações para a realidade de cada um.
De acordo com o vice-presidente da vertical de consultoria do Ecossistema 300 Franchising, Lucien Newton, “um bom benchmarking tem que focar em um objetivo claro”.
O benchmarking é uma ferramenta de gestão, e especialistas sempre ressaltam a importância de empreendedores saberem como utilizá-la, porque pode ajudar em inúmeras frentes para o negócio.
Para que serve o benchmarking?
Para entender o que pode ser melhorado na própria operação. O ideal é pegar empresas que já existem e utilizá-las como uma espécie de modelo. E podem ser tanto grandes players quanto concorrentes locais. O ideal é avaliar ambos, inclusive.
– O que aquela companhia tem feito de bom que pode ser replicado no meu negócio?
– É viável replicar alguma ação deles no meu contexto e ambiente?
– No que eles já erraram e aprenderam com estes erros que eu posso aproveitar para encurtar a curva de aprendizagem?
É claro que vai ficar a cargo do próprio empreendedor realizar as adaptações necessárias, como porte da empresa, realidade de custo operacional e até mesmo disponibilidade de verbas para áreas diferentes do usual.
Eventualmente, soluções encontradas por grandes conglomerados estão distantes das possibilidades de um pequeno negócio. Porém, talvez seja possível adaptar algumas ações – ou, ao menos, servir de inspiração.
Quando há algum exemplo próximo, esse processo, se bem feito, pode ser facilitado. Recentemente, contamos a importância de haver concorrência quando um pequeno empreendedor vai abrir uma loja. Isso porque a concorrência direta, ainda mais se for extremamente semelhante ao seu negócio, vai facilitar muito a aplicação do benchmarking.
Quanto mais próximo da realidade do negócio for o concorrente, mais semelhantes serão os problemas e, consequentemente, as soluções. É claro que é difícil replicar tudo à risca, 100%, porém, é possível chegar bem perto disso.
Como fazer um benchmarking?
Lucien Newton, da 300, explica que o ideal é utilizar o método PDCA para o desenvolvimento desta estratégia de gestão:
– (Plan) Planejamento
– (Do) Execução
– (Check) Verificação
– (Act) Ação
Ou seja, deve focar no que pretende desenvolver, como atendimento, gestão financeira, investimento em novas tecnologias, entre outros tópicos.
O interessante é planejar como será feito esse benchmarking, avaliando as características da empresa concorrente e fazendo adaptações necessárias, executar a comparação, verificar os dados que foram coletados e agir – implementar as mudanças necessárias.
Esse ciclo é contínuo também. Isso pode ser feito inúmeras vezes com diferentes recortes e focos – e sempre é essencial o empreendedor verificar se há novidades que precisam ou podem ser implementadas.
Benefícios do benchmarking
Esse processo tem custo. Ter uma equipe para realizar o planejamento, as observações, os relatórios e, posteriormente, colocar tudo em prática não é de graça.
Porém, há benefícios nessa ferramenta de gestão que podem ser considerados extremamente relevantes para o dia a dia de um negócio. Confira, a seguir, três exemplos do que pode ser realizado:
Reduzir custos no médio e longo prazos: pode ser que um processo interno esteja custando mais que o necessário ou, então, existe uma nova ferramenta de automação de burocracias que deixe tudo mais barato;
Mitigar erros: se algumas ações equivocadas foram tomadas pela concorrente, isso pode auxiliar a diminuir os riscos de isso se repetir no próprio negócio ou, então, encontrar soluções para problemas recorrentes;
Identificar oportunidades de mercado: especialmente se houver alguma lacuna encontrada na operação do concorrente.
