Opinião

O oposto do amor não é o ódio

Segundo Rudolf Steiner, o oposto do amor não é o ódio, é a indiferença. Como andam as suas emoções? Emoções positivas são as fontes de ocitocina, o hormônio conhecido como o “hormônio do amor, confiança e empatia”. O estresse é um dos grandes ladrões de ocitocina, ele vai embotando o nosso sentir. Quando o ritmo está muito intenso, corro para comer, corro para cumprir metas, durmo mal, escuto mal, vou me afastando de mim. Um dos primeiros sintomas é a impaciência. Logo em seguida vem a indiferença, o tanto faz. E cuidado para não confundir com adrenalina. De acordo com  Ana Thomaz, “… ocitocina é um hormônio tímido, que precisa de tempo e confiança para que se mostre. Em uma relação amorosa, no convívio saudável entre as mulheres, na amamentação, nos ataques súbitos de amor incondicional aos filhos, entre outras, são situações em que o hormônio ocitocina se faz presente e nos conduz a um caminho de entrega, relaxamento, confiança, amor. Mas nem sempre as circunstâncias são propícias para a ocitocina, então o jeito é apelar para a adrenalina”.

Nas relações proibidas, perigosas, nas discussões, nas brigas, no risco, no jogo, vem a tensão, tesão, a gente não se entrega mas se envolve, se enrola, desconfia, mas gera ação, sai do indiferente…. As duas têm o seu papel. O problema é a duração da adrenalina, ela dura pouco e vicia. E quando em falta, te joga direto e reto na vala da indiferença e culpa. Como produzir mais ocitocina então? Abrace sempre que possível. Aperte as mãos, um aperto de mão caloroso dá início ao processo. Tenha um animal de estimação. Cante, no chuveiro, karaokê, no carro. Faça atividades físicas. Assista biografias, o caminhar do outro nos inspira. Cuide da tecnologia. De acordo com Sherry Turkle do MIT, “… estudos revelam também que as pessoas preferem publicar e divulgar frases em seus perfis, em sites de relacionamento, ao invés de encontrar alguém pessoalmente”. Para Sherry, atitudes assim geram distanciamento social e carência, porque “estamos todos sozinhos, juntos…”. Para gerar emoções positivas é preciso ação. Portanto, fique atent@ as suas emoções e cuide delas, podemos viver melhor se adotarmos atitudes mais amorosas e sensíveis. Felicidade exige plano de ação, como muitos têm repetido. Cuide da sua. Namastê!

 

Iracema Irigaray N. Borges

About Author

Iracema Irigaray N. Borges, mãe de 3 anjos, ama comer tudo com banana, coach pelo ICI- SP, sonha em dar cursos na África, Índia, EUA, onde o destino a levar. cultura@circuitomt.com.br

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