O número de mulheres na área de tecnologia no país cresceu 4,6% em relação ao ano passado, passando de 69,8 mil para 73 mil profissionais, segundo novo estudo da Serasa Experian, primeiro e maior datatech do Brasil. Apesar desse avanço, a presença ainda é baixa e corresponde a apenas 0,08% da população feminina a partir de 18 anos, frente a 0,07% em 2024.
O levantamento foi realizado em uma base de mais de 93,5 milhões de pessoas do gênero feminino a partir de 18 anos com o objetivo de entender o perfil das mulheres que atuam no setor. Em comparação ao público masculino, 0,34% trabalham com TI, conforme levantamento feito com 92,7 milhões de homens no país.
“O crescimento é um avanço, mas ainda há um longo caminho a percorrer para reduzir a desigualdade de gênero no setor. A representatividade feminina segue baixa, e as empresas precisam continuar investindo em iniciativas que incentivem a formação e a contratação de mulheres por meio de programas de capacitação e políticas de equidade de gênero no mercado de trabalho.
Mulheres na tecnologia são ótimas pagadoras
Outro dado revelado foi sobre o Score de Crédito das Profissionais. Segundo o levantamento, quase 50% possuem pontuação entre 601 e 1000, proporcionando um excelente perfil de crédito, que é impactado pelo pagamento no dia das contas, o que aumenta as chances de conseguir crédito no mercado, além de melhores custos e condições para um empréstimo ou financiamento. Já 29,7% estão na faixa de 401 a 600.
O estudo mostrou ainda que a maior parte dos profissionais de TI recebe entre R$ 2 mil e R$ 4 mil mensais (38,4%), enquanto 13,5% têm uma renda superior a R$ 10 mil. Além disso, 52,2% pertencem à classe AB e 33,1% à classe C. Em relação à distribuição geográfica, o estado de São Paulo concentra a maior parte das mulheres no setor, com 31,5%, seguido pelo Rio de Janeiro (11,2%) e Minas Gerais (8,4%).
Mulheres em TI representam 27%
Atualmente, a Serasa Experian tem em seu quadro de colaboradores 44,4% de mulheres, sendo 38,9% em cargos de liderança e 27% que atuam em TI.
“O percentual de 0,08% de participação feminina reflete a disparidade e a necessidade urgente de promover a diversidade de gênero no segmento. Essa realidade evidencia a importância de iniciativas inclusivas e políticas que fomentem um ambiente mais representativo e acolhedor para as mulheres na tecnologia. Na Serasa Experian, nosso compromisso com a inclusão tem resultado em um cenário mais equilibrado, impulsionando mudanças positivas no setor”, comenta Camila Souza.
A diretora de Plataformas de Dados e Operações de Machine Learning da Serasa Experian, Juliana Custódio, aceitou o convite, em janeiro de 2024, de liderar a área de engenharia de dados da Serasa Experian atraída pelo compromisso da empresa com inovação e diversidade. Como mulher e líder em um setor predominantemente masculino, Juliana conta que já desafiou desafios ao longo dos anos, mas aprendeu a se posicionar.
“Me sentir seguro e reconhecer meu poder foi essencial para ter um bom desempenho na minha carreira”, destaca. Hoje, incentive outras mulheres a se prepararem, construírem boas conexões e não se limitarem por inseguranças na busca por seus objetivos.
Para as mulheres que sempre trilham uma carreira semelhante, ela dá um conselho: “se preparar e se preparar é estudar, ter um plano e buscar ferramentas de autoconhecimento. Além disso, não se trate diferente ou tema uma posição que deseja. Estar em um ambiente desconhecido ou novo faz parte da sua evolução. A insegurança e o frio na barriga fazem parte da jornada na construção da carreira”.
Com mais de 4,6 mil funcionários no Brasil, a Serasa Experian é reconhecida como um excelente lugar para se trabalhar. Em 2024, recebeu o prêmio de “Melhor Empresa para se Estagiar”.
