O número de mortes em decorrência da dengue no Rio de Janeiro mais que dobrou em 2015 em relação ao ano anterior. De acordo com boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde nesta terça-feira (29), foram registradas 23 mortes no ano, enquanto em 2014 foram feitos 11 registros. O número de casos suspeitos saltou de 7.819 para 67.253 – um aumento superior a 860%.
Segundo o boletim, o maior número de óbitos em 2015 ocorreu no município de Resende, na Região Sul, onde oito pessoas perderam a vida em decorrência da dengue. Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, vem em segundo lugar, com três mortes.
Os municípios de Paraty e Porto Real, ambos também na Região Sul, tiveram duas mortes cada. Já os municípios de Barra Mansa, Itatiaia, Miracema, Piraí, Petrópolis, Quatis, Duque de Caxias e Volta Redonda tiveram o registro de um óbito cada um.
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que não há epidemia da doença em nenhum município fluminense. O órgão destacou que estão sendo realizadas ações permanentes para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypit, que além de transmitir o vírus da dengue, também transmite os vírus da zika e chikungunya.
Uma das campanhas tem como lema “10 Minutos Salvam Vidas”. Ela tem como objetivo conscientizar a população de que a forma mais eficaz de combater o mosquito é eliminar os possíveis criadouros das larvas no ambiente doméstico. Com dez minutos por semana é possível jogar fora recipientes que possam acumular água parada.
Vacina contra dengue
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou na segunda-feira (28), a vacina contra a dengue. A vacinação será indicada para pessoas de 9 a 45 anos que moram em áreas endêmicas.
A Anvisa lembra que ainda não há dados suficientes para a comprovação da segurança de uso da vacina em menores de 9 anos de idade e em maiores de 45, mas ainda não há data prevista para a comercialização.
O que já se sabe é que ela é eficaz apenas contra a dengue. Não protege conta contra a febre chikungunya e o zika vírus. Assim, a prevenção ao mosquito ainda é a melhor forma de combate à doença.
Fonte: G1