O número de mortes registradas em 2017 na BR-163, em Mato Grosso, foi o menor dos últimos 11 anos, de acordo com a base de dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Concessionária Rota do Oeste. Os levantamentos são relacionados especificamente ao trecho de 850,9 quilômetros sob concessão, onde no último ano ocorreram 92 óbitos.
Ainda de acordo com a concessionária responsável pela rodovia, a maior redução é registrada entre 2013 e 2017. O comparativo entre os anos demonstra uma queda de 41% nos casos, passando de 146 registros em 2013 para 86 no último ano. Neste caso especificamente, o levantamento não considera a rodovia dos Imigrantes (BR-070). Entre 2016 e 2017, a redução de óbitos é de 17%, incluindo a rodovia dos Imigrantes. Ano passado foram registradas 92 vítimas fatais contra 111 em 2016.
O gerente de Operações da Rota do Oeste, Wilson Ferreira, diz que a queda no número de mortes demonstra que a parceria entre Instituições ligadas à segurança traz resultados positivos. “Desde que chegamos em Mato Grosso contamos com apoio da PRF em várias frentes de trabalho, sempre com o objetivo de alcançar uma rodovia mais segura. A importância disso se reflete em resultado positivo para todos, que é a queda nos registros de mortes nas estradas, um desejo da sociedade como um todo”, comenta.
O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Aristóteles Cadidé, complementa que a redução dos casos de óbito é reflexo de uma série de fatores, como melhoria da infraestrutura pela Concessionária e pelo Departamento Nacional de Transportes Terrestres (DNIT), as ações de orientação e fiscalização da Polícia, com a intensificação nos pontos mais críticos, as campanhas de conscientização dos motoristas e a implantação dos serviços operacionais, que resulta em uma resposta no atendimento ao usuário.
“É uma soma de fatores e cada Instituição, atuando na sua área de competência, tem participação na queda do número de mortes, que é importante para a toda a sociedade”, conclui o superintendente.
Entre as ações de conscientização realizadas pela PRF estão da Rodovida e o Festival Estudantil Temático de Trânsito (Fetran), que conta com a parceira da Rota do Oeste. Outras ações são realizadas em conjunto, como a Safra Segura, Rota Segura e Parada Legal. “O que percebemos é que os motoristas estão mais conscientes e isso reflete automaticamente nos números. Sendo nossos principais clientes, eles são fundamentais nesse processo de mudança que buscamos”, avalia Ferreira.
Sobre os atendimentos realizados no trecho sob concessão, o gerente de Operações da Rota reforça que a iniciativa tem papel importante para a segurança e salvamento de vidas. “Os resgates médicos salvam vidas e minimizam possíveis sequelas nas vítimas. Esse trabalho também conta com apoio de outras Instituições, como a PRF e Corpo de Bombeiros, que dão suporte para a Rota do Oeste durante o atendimento”, explica.
Outra frente de atuação operacional é o monitoramento 24 horas da rodovia, possibilitando o recolhimento de objetos da pista que poderiam vir a ocasionar um acidente, ou mesmo a indicação de pontos com necessidade de intervenção por parte da engenharia.
Levantamento – Desde 2014, a Rota do Oeste tem a concessão da BR-163, entre a divisa do Estado com Mato Grosso do Sul e Sinop (do km 0 ao km 855 da BR-163), e da rodovia dos Imigrantes (do km 495 ao km 524 da BR-070). No trecho relacionado à BR-163 há ainda sobreposição da BR-364 (do km 201 ao km 402,4 e do km 434 ao km 588,2), onde a Concessionária também realiza os atendimentos operacionais.
O levantamento referente ao período de 2007 a 2013 tem como fontes exclusivas as estatísticas da PRF, disponibilizadas no site da Instituição e não contabilizam os casos registrados onde atualmente é a rodovia dos Imigrantes (BR-070). Para chegar ao número de mortes registradas no trecho atualmente sob concessão, a Rota do Oeste fez um recorte com base nos marcos quilométricos relacionados à Concessionária. Nos outros anos, a empresa conta com estatística própria de acidentes e mortes, incluindo a rodovia dos Imigrantes. (Veja quadro abaixo)
O gerente de Operações da Concessionária, Wilson Ferreira, explica que o levantamento feito no período de 2007 a 2013 não engloba o trecho de 28 quilômetros da rodovia dos Imigrantes, que contorna Cuiabá e Várzea Grande, porque na época era considerado estadual e passou a ser federal somente em 2014. “Mesmo sem incluir o número de mortes desta rodovia em anos anteriores, os dados comparativos demonstram uma redução muito satisfatória”.
Ferreira frisa ainda que a Rota do Oeste faz esse recorte estatístico para que possa avaliar a evolução dos trabalhos e dados registrados desde a chegada da empresa em Mato Grosso. “Temos a análise do antes e depois do trabalho que estamos realizando em Mato Grosso, além de avaliarmos essa evolução ano a ano. É uma forma de mensurar as atividades e adequar o que for preciso para alcançar resultados cada vez mais positivos”, explica.