Segundo o diretor da divisão dedicada ao estudo da aids no Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Wu Zunyou, a mortalidade caiu de 17,9% em 2005 para 6,6% na atualidade, graças a iniciativas como os testes médicos gratuitos em zonas rurais e a coletivos urbanos de baixa renda.
A transmissão sexual continua a ser a principal causa de contágio do HIV, com 91% dos novos casos reportados ano passado. Apesar dos números oficiais, que só contabilizam os doentes registrados e confirmados, estimativas da Organização Mundial da Saúde assinalam que o número real de pessoas infectadas por HIV/aids na China poderia ser muito maior e rondar os dois milhões.
A Aids chegou à China nos 80 e 90 transmitida principalmente em clínicas de doação de sangue sem os devidos controles sanitários, que transmitiram o HIV a milhares de camponeses pobres que vendiam seu plasma nesses centros. Durante muito tempo o HIV foi um tabu no país asiático, e o escândalo pela venda de sangue foi silenciado na imprensa nacional, mas a atitude com a doença mudou nos últimos dez anos, com campanhas de conscientização e contra a discriminação a soropositivos e doentes de aids. Alguns dos ativistas que mais trabalharam contra a discriminação nos anos " obscuros", Hu Jia e Gao Yaojie, sofreram durante anos com o assédio policial.
A primeira-dama chinesa, Peng Liyuan, esposa do presidente Xi Jinping, é o rosto mais conhecido destas campanhas de conscientização.
EFE