O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma nova denúncia na esfera cível contra o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) pelo prejuízo de R$ 31 milhões causados aos cofres públicos do Estado na compra do terreno no bairro Jardim Liberdade em Cuiabá-MT em que desviou metade (R$ 15,8 milhões) para o grupo criminoso que atuava no Executivo Estadual sob sua gestão em 2014.
Cópia da denúncia do processo derivado da quarta fase da Sodoma que tramita na Vara Contra o Crime Organizado foi encaminhada nesta terça-feira (1) à Vara de Ação Civil Pública. A ação ficará sob a responsabilidade do juiz Luis Aparecido Bortolussi. Desta vez, Silval e outros 10 denunciados responderão pelos crimes de enriquecimento ilícito.
Entre os denunciados estão os ex-secretários de Estado Pedro Nadaf (Casa Civil), Marcel de Cursi (Sefaz), Arnaldo Alves de Souza (Planejamento), o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima (o Chico Lima), o ex-chefe de gabinete Silvio Cezar Correa Araújo, o advogado Levi Machado e os empresário Alan Malouf, Valdir Piran, Filinto Muller e Antonio Carlos Milas.
Sodoma 4
A 4ª fase da Sodoma foi deflagrada no dia 26 de setembro, onde uma nova prisão preventiva contra Cursi foi decretada pela juíza titular da Vara Contra o Crime Organizado, Selma Rosane Santos Arruda.
O foco da Operação Sodoma é o desvio de dinheiro público realizado através de uma das três desapropriações milionárias pagas pelo governo Silval Barbosa, durante o ano de 2014. Os trabalhos de investigações iniciaram há mais de um ano.
Nesta fase, o alvo foi um esquema de cobrança de R$ 15,8 milhões envolvendo a desapropriação de uma área de 55 hectares no bairro Jardim Liberdade em Cuiabá que custou aos cofres públicos o valor aproximado de R$ 31 milhões. O imóvel estava avaliado em R$ 17,8 milhões.
Do total supostamente desviado, o ex-governador teria lucrado R$ 10 milhões e repassado o dinheiro a Piran por meio da empresa SF Assessoria, do empresário e delator Filinto Muller, como pagamento de uma dívida de campanha eleitoral.
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