O secretário de estado de segurança pública de Mato Grosso (Sesp-MT), Gustavo Garcia em coletiva na manhã desta quarta-feira (18), disse que as forças de segurança são o poder do estado na guerra contra a criminalidade, e que o ataque realizado na sede da Sesp esta madrugada, não vai intimidar o trabalho das polícias no combate as facções criminosas.
A resposta veio, após questionamento sobre um ataque criminoso realizado na madrugada desta quarta-feira no prédio da Sesp, onde criminosos explodiram o muro lateral e picharam a sigla da facção criminosa Comando Vermelho (CV-MT).
“De toda forma, o meu pensamento (após o ataque) não muda, nós somos o poder de estado, nós estamos no comando e vamos continuar prendendo como prendemos hoje, todas as investigações já estão sendo realizadas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e pela atuação permanente da Polícia Militar, nós temos prendido diversas pessoas e vamos continuar prendendo, e não nos sentimos desestimulados, estamos com a moral elevada e alta e estamos imbuídos no intuito de garantir a segurança de todos”, disse o secretário.
A prisão que o secretário se referiu realizada nesta quarta-feira, foi realizada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde duas pessoas foram presas por ter ligação com a facção criminosa Comando Vermelho, e uma terceira foi detida por suspeita de participar da morte do taxista Douglas da Silva Dantas, 34, em agosto de 2017.
Nos bairros Ouro Fino e Jardim Brasil, na Capital, duas pessoas foram presas e conduzidas à delegacia por suspeita de integrarem organização criminosa. Investigações apontaram que apesar de, inicialmente, não possuir vínculo direto com o homicídio, os detidos possuem relação próxima com os executores e integram a mesma quadrilha.
Um dos presos foi identificado por coordenar cobranças referente a atividades de tráfico de drogas na região em que o taxista foi morto.
De acordo com o delegado adjunto da DHPP, Guilherme Fachinelli, já foram identificados três pessoas envolvidas na tortura e homicídio de Douglas, sendo o mandante (um reeducando) e dois executores (sendo um reeducando – preso após o crime- e outro suspeito, morto recentemente). As diligências atuais objetivaram reunir elementos que possibilitem a identificação do quarto e último envolvido no crime.
“Independente de existir facção ou não, nós vamos continuar empregando todo o nosso efetivo que é muito capacitado e treinado para enfrentar qualquer facção criminosa no estado de Mato Grosso”, completou o secretário.
Em relação ao ataque estar relacionado ou não a facção CV-MT, Gustavo relatar que ainda não se pode ter certeza se a autoria seja mesmo de membros ou não, e o caso está sob investigação.
“Nós não sabemos se esse ataque é relacionado ao Comando Vermelho ainda, está sendo apurado, a investigação é que conclui, ela de forma técnica e especializada define a motivação do fato criminoso, então seria prematuro dizer que o ataque de hoje tenha envolvimento com determinada facção, mas o que eu posso garantir, é que a resposta será dada”, relatou o secretário.
Os famosos salves de facções haviam cessados no estado após a transferência de vários detentos que estavam na Penitenciária Central do Estado (PCE) para unidades prisionais do interior. O secretário após os ataques desta quarta-feira na Sesp, não descarta novos remanejamentos de presos.
“Nós estamos estudando a possibilidade (de transferências) estamos trabalhando, um fenômeno criminal, as respostas não são imediatas, as respostas são ao longo do tempo, existe um planejamento operacional sendo realizado, existe uma série de medidas que estão sendo adotadas, uma série de operações que estão sendo realizadas, e que a população pode confiar no sistema de segurança pública de Mato Grosso, que é referência no Brasi”, completou Gustavo Garcia.
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