Internacional

Noruega: jovem é arrancado de barraca e morto por urso polar

 
Horatio Chapple, 17 anos, morreu em agosto de 2011 durante uma expedição escolar a Svalbard, um arquipélago norueguês no Oceano Ártico. Ele dormia quando um urso rasgou a lateral de sua barraca, o arrastou para fora e causou ferimentos fatais em sua cabeça. O animal ainda feriu outras quatro pessoas, dois adultos e dois adolescentes, antes de ser abatido a tiros.
 
Inquérito 
 
O relatório foi encomendado pela British Exploring, a ONG de educação que organizou a expedição, a uma comissão liderada por um ex-juiz e só foi divulgado agora, a pedido da família da vítima, para coincidir com a abertura de um inquérito sobre o acidente, nesta semana.
 
Segundo a investigação da comissão, o sistema de alerta instalado no local, com minas que explodiriam no contato com arames esticados ao redor do acampamento, falhou quando o urso invadiu o local.
 
Um ataque por urso polar é raro, mas não impossível, diz autor de relatório
 
Além disso, foram apontadas outras falhas, como falta de sinalizadores e armas suficientes para garantir a proteção do grupo. O rifle usado para abater o animal falhou diversas vezes ao ser disparado, porque tinha sido guardado de forma inadequada. Os pais do rapaz, Olívia e David Chapple, disseram que tinham analisado cuidadosamente o documento sobre os possíveis riscos da expedição antes de seu filho viajar.
 
"Sem isso, não teriamos deixado ele ir. Ninguém iria a uma expedição com uma boa probablidade de riscos se não houvesse um planejamento prévio", disse Olívia. "Se tudo tivesse sido colocado em prática como haviam dito, meu filho teria tido algum tempo para se defender", disse David Chapple.
 
Horatio era aluno de Eton, escola particular em regime de internato que, há séculos, forma membros da aristocracia britânica. Entre alunos alunos ilustres recentes, estão o Príncipe William e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.
 
Evento raro
 
Segundo o ex-juiz David Steel, autor do relatório, a morte de Horatio foi uma "tragédia causada por um evento raro, como a invasão do acampamento por um urso polar faminto", uma possibilidade considerada remota por ele, mas não impossível.
 
Richard Payne, o líder da expedição, explicou no inquérito que, "somente ao chegar ao acampamento base", foi descoberto que não havia sinalizadores suficientes. Ele disse ainda que estava acampado havia 52 semanas no Ártico e que, em todo esse tempo, não havia tido um encontro com um urso polar. "Nunca havia visto um urso naquela área e o comportamento dele foi muito incomum", afirmou.
 
O inquérito sobre a morte de Horatio ainda não tem data para ser concluído.
 
Terra

Redação

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