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Noiva de Chico 2000 perde guarda de filha e defesa acredita em alienação parental

Foto: Rogério Fiorentino

Com Valquiria Castil

A noiva do vereador Chico 2000 (PR) teve a guarda da filha de 11 anos suspensa provisoriamente pela juíza da Vara da Infância e Juventude, Gleide Bispo dos Santos. A garota voltou a morar com pai em Canarana (823km) a leste de Cuiabá.

A adolescente fez uma denúncia de estupro de vulnerável contra o parlamentar, que foi preso preventivamente na tarde desta terça-feira (07).

Segundo a defesa do parlamentar, Hélio Passadore, a mãe da garota acredita na inocência do noivo, Chico 2000. “Ontem eu estive com ela e ela falou que a menina foi embora para a casa do pai após ter tido a guarda suspensa”, confirmou o advogado.

A menina morava com o pai até dois anos e meio atrás e através da ajuda do vereador, a mãe conseguiu a guarda da criança. Para o advogado do vereador, há indícios de que a adolescente tenha sido influenciada pelo pai a fazer a denúncia, para que voltasse a morar com ele. “A mãe da garota acredita da inocência de Chico. Acreditamos que isso é um caso de alienação parental”, acrescentou.

Delegado rebate

O delegado da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), Eduardo Botelho, diz não acreditar na questão da alienação parental, por ter acompanhado o estudo psicossocial da garota.

“Durante o depoimento, ela se mostrou tranquila, não apresentou nenhum indício de que tenha sido alienada. Ela falava muito claramente, sem contradição, sem indício de induzimento”, relatou Botelho.

Prisão do Chico 2000

O advogado entrou com o pedido de revogação da prisão do vereador, ao qual classifica como desnecessária. “É uma prisão desnecessária, eu estava acompanhado o caso com o delegado e indo todos os dias, não tinha essa necessidade”, afirmou.

Contudo, o delegado afirmou que a prisão preventiva de Chico 2000 se deu para que possíveis vítimas possam vir a denunciá-lo por supostos abusos cometidos pelo parlamentar.  “Existem denúncias que indicam outros eventuais abusos praticados por ele e que serão apuradas. Somente com esse encarceramento provisório, possíveis vítimas terão a tranquilidade necessária para vir até a delegacia e denunciar”, pontuou Eduardo.

O estupro, de acordo com a denúncia da menina, teria acontecido no dia 13 de outubro, durante uma festa de aniversário da mãe. O parlamentar teve a prisão temporária expedida, no último domingo (04), e se encontra detido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

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Cintia Borges

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