Dilma está no Estado desde quinta-feira para a inauguração do Campus Osório do Instituto Federal do Rio Grandes do Sul e a formatura do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) hoje no litoral gaúcho. Na manhã de sábado, a presidente participa, na capital, da cerimônia de início das operações a linha do aeromóvel entre a estação Aeroporto da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb) e o Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho.
“Eu vou entregar um campus e, mais do que isso, não vamos esquecer o monotrilho que será amanhã. Eu sou da época que o monotrilho só ficava parado. Eu vou ter o grande privilégio de andar (nele), que eu sempre quis andar”, contou Dilma, que morou durante décadas em Porto Alegre.
Inflação e desemprego
A presidente aproveitou a ocasião para falar a respeito da situação econômica do País. “A inflação está sob controle. Tivemos um período de dificuldades e conseguimos superá-lo. Fizemos esforço e conseguimos”, exaltou, reforçando que tem absoluta certeza que o índice do ano ficará dentro da meta prevista pelo governo.
Quanto à taxa de desemprego, Dilma foi enfática. “Sabe quanto o desemprego cresceu? 0,1%. E aí tenho que aguentar falas do seguindo teor: ‘ah, o emprego está diminuindo’. 0,1% é margem. O fato é que o Brasil nunca teve uma taxa tão baixa de desemprego”, defendeu.
Dilma também citou que no segundo semestre o Brasil contará com um conjunto de licitações que irá trazer para o Brasil um programa de investimentos ainda maior que no primeiro semestre. “Serão 7,5 mil quilômetros de rodovias, 10 mil quilômetros de ferrovias. Aprovamos a medida (provisória) dos portos no início de junho e, para vocês terem ideia, conseguimos fazer mais de 55 terminais de uso privativo variado, tonalizando R$ 16 bilhões. A MP abriu os portos para o setor privado”, disse.
Além disso, a presidente informou que até o dia 21 de outubro o governo deverá licitar o “maior campo de pré-sal dos últimos tempos”. “Durante 100 anos acumulamos em torno de 15 milhões de barris de petróleo de reserva. O Brasil se transformará em um grande país exportador de petróleo”, destacou.
Obras em rodovias, na ponte do Guaíba e no Trensurb
Dilma fez um 'panorama' das obras no Rio Grande do Sul que contam com recursos federais. Segundo ela, a ampliação da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb) está garantida e, no momento, o projeto está em fase de diálogo com o governo do Estado. "Consideramos extramente relevante o projeto do metrô porque o Brasil tem defeito. Nos anos 80 e 90 diziam que metrô não era para o Brasil porque não era um país rico, o que foi absurdo para cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. Porto Alegre é uma grande cidade, mas não chegou ainda a 11 milhões (de habitantes). Porto Alegre tem condições de ter metrô, de fazer sem grandes dificuldades, por isso o governo federal vai ajudar o governo a financiar esse metrô e até investir a tempo perdido nesse metrô", ressaltou.
Durante a coletiva, a presidente informou que a construção da segunda ponte que passa pelo Guaíba deve começar até abril de 2014. "No mais tardar, até junto do ano que vem inicia a obra", completou. Segundo o projeto, a ponte terá um vão livre de 36 metros de altura, projetado com base na maior cheia registrada, que vai permitir que as embarcações transitem sem necessidade de paralisar o trânsito, como ocorre com a ponte atual, que se eleva para permitir a passagem dos barcos. Serão duas pistas de cada lado, com a possibilidade de ampliação para três faixas no futuro.
Quanto às obras em rodovias, que foram anunciadas em abril e que tiveram pouco avanço, a presidente negou que estejam atrasadas. De acordo com ela, a ampliação entre Sapucaia do Sul e Estância Velha da BR-448, a rodovia do Parque, aguarda a licença ambiental que deve sair até 30 de maio do ano que vem para então ser licitada. Mesma situação que se encontra o novo trecho da BR-392, entre Santa Maria e Santo Ângelo. Já o projeto da BR-116 que prevê a revitalização de cerca de 39 quilômetros da rodoviadeve ser licitado até o final do ano.
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