Política

No Congresso, provocação e cotovelada virtual em Barbosa

 
Na troca de mensagens, o interlocutor do petista pergunta: "Ele puxou conversa com você?". Vargas responde: "Não". A pessoa lhe responde: "E aí? Não vai quebrar o gelo não? Nem um Olá? Pergunta pra ele se vai assinar a prisão do j. paulo?", numa alusão ao deputado condenado no julgamento do mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP), que aguarda mandado de prisão. Vargas responde: "Da uma cutovelada (sic)". Procurado mais tarde pelo Estado, o deputado petista afirmou: "Não tenho nada a comentar, mas essa mensagem existe".
 
Ainda na Mesa Diretora da Câmara, onde se realizava a cerimônia, Vargas fez questão de repetir por várias vezes o gesto feito pelo ex-ministro José Dirceu e pelo ex-deputado Jose Genoino (PT-SP) quando foram presos, em novembro, em decorrência do mensalão: braço erguido com o punho fechado.
 
Vargas afirma que fez o gesto como forma de mostrar solidariedade a todos eles, uma vez que considera que o julgamento foi de exceção. O deputado petista disse ainda que Barbosa age com "sadismo" e de forma perversa com João Paulo Cunha, cuja ordem de prisão não foi expedida, embora a execução de pena já tenha sido determinada. "Parece que ele (Barbosa) está se comportando de forma sádica. Num dia, deu uma sentença negativa aos recursos do João Paulo. Esperava-se que ele já decretasse a prisão. O João Paulo veio para se entregar eventualmente, já que não teria outra alternativa. E ele não deu. Saiu de férias. E lá, das férias, criticou os ministros que não o fizeram. Em minha opinião, ele age de forma perversa ao se comportar desta forma. Deixou o João Paulo durante todo o recesso esperando o pior. É lamentável que aconteça (a prisão), mas é inevitável", disse.
 
Vargas não quis dizer se João Paulo deveria ou não ser cassado – três deputados condenados no mensalão renunciaram antes de ir para a prisão. "É uma decisão que vai ser da coletividade, do plenário. E com o voto aberto todo mundo vai saber o que cada um acha na hora de votar."
 
Dentro do PT, Vargas é um dos principais defensores dos condenados no mensalão. Ele integra a mesma corrente interna dos condenados: a Construindo Um Novo Brasil (CNB), a mesma também do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
 
MSN/Estadão

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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