Cidades

Nível do Cantareira sobe para 16,6%

O nível do Sistema Cantareira subiu para 16,6% neste domingo (22), segundo boletim divulgado pela Sabesp nesta manhã. Após o temporal durante a semana, o reservatório bateu a média histórica para o mês de março no sábado, quando o índice chegou a 16,3%. Até agora, choveu 186,4 mm nas represas do sistema, quando a média para o período é de 178,0 mm.

Foi o 16º dia consecutivo de alta no nível das represas que abastecem 5,6 milhões de pessoas na Grande São Paulo. O nível do Cantareira também teve aumento se levado em conta a nova metodologia adotada pela Sabesp, que considera na capacidade total do sistema as duas cotas de volume morto adicionadas no ano passado. Por essa métrica, o nível subiu de 12,6% para 12,9% neste domingo.

Apesar das elevações, a situação ainda é crítica, e a chuva que caiu nos últimos meses conseguiu recuperar apenas a segunda cota do volume morto. Para superar a primeira cota do volume morto, o sistema precisa chegar a 29,2%, ou seja, 0% do volume útil.

Todos os sistemas que abastecem a Grande São Paulo também tiveram alta neste sábado. Confira os valores divulgados pela Sabesp:

Domingo (22)
Alto Tietê – 22,7%
Guarapiranga – 83,0%
Alto Cotia – 62,2%
Rio Grande – 98,1%
Rio Claro – 41,3%

Sábado (21)
Alto Tietê – 22,5%
Guarapiranga – 81,5%
Alto Cotia – 61,5%
Rio Grande – 98,0%
Rio Claro – 41,1%

Novo método
A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) passou a divulgarna terça-feira (17) duas formas de medição do nível de água armazenado no Sistema Cantareira.

A publicação do novo gráfico foi feita após recomendação do Ministério Público (MP), que pediu mais detalhes da situação do manancial com o uso de duas cotas do volume morto desde 2014.

Até então, a Sabesp não inseria no cálculo a quantidade de litros acrescentada pelas reservas técnicas (182,5 bilhões de litros do volume morto 1 e 105 bilhões de litros do volume morto 2) autorizadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

A conta para chegar ao índice do nível do reservatório só considerava o volume útil do sistema, que é de 982 bilhões de litros.
Para dar "mais transparência às informações", segundo nota oficial, a Sabesp apresentará também um gráfico considerando o volume útil e o volume morto, especificando o volume total do sistema para cada situação.

A companhia informou, por meio da assessoria de imprensa, que apesar da divulgação de dois gráficos, o índice oficial para série histórica será o mesmo de antes e que o volume de água disponível para a população não sofreu alteração. As duas formas de medição podem ser encontradas na página na internet da Sabesp.

Queda no nº de clientes
Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas, mas hoje produz água para 5,6 milhões de clientes na Grande São Paulo.
O sistema conseguiu recuperar apenas uma quantidade de água equivalente a segunda cota do volume morto. O sistema teve um corte de 56% na vazão em relação a fevereiro de 2014. A quantidade de água fornecida passou de 31,77 mil litros por segundo para 14,03 mil litros/segundo.
Já o Guarapiranga aumentou a vazão de 13,77 mil litros por segundo para 14,9 litros/segundo, e se tornou o maior reservatório de São Paulo.

Fonte: G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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