O vice-prefeito de Cuiabá, Niuan Ribeiro (PODE), disse nesta quarta-feira (23) que o rompimento com o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ocorreu por desacordo com atos da gestão. Seria uma série de decisões tomadas pelo prefeito à qual ele se manifestou contra, mas não foi ouvido.
“Os atos de gestão não vem de encontro com aquilo que a gente acredita. A gente tem colocado nosso ponto de vista, no início a gente colocou o nosso ponto de vista, e quando a gente viu que não era ouvido, procurou trabalhar de outra forma, acreditando ainda que a gente teria controle do que estivesse sendo feito”, disse ele em entrevista à rádio Capital FM.
O rompimento foi anunciado pelo vice há pouco mais de duas semanas logo após a divulgação da informação de que a vice-prefeitura poderá ser atingida em cheio com a minirreforma enviada por Emanuel Pinheiro à Câmara dos Vereadores.
Informação apurada pelo Circuito Mato Grosso à época indica que cargos e funções devem ser extintos e o recurso destinado à pasta deverá ser aplicado em novas secretarias. Pinheiro estima economia de R$ 900 milhões no último ano de mandato.
Hoje, Niuan disse que a proposta o pegou de surpresa e não ter entendido porque o prefeito incluiu secretarias de estrutura no enxugamento do Executivo – por exemplo, a Secretaria de Obras Públicas, sob o comando de Roberto Stopa (PV).
“O Stopa está fazendo um grande trabalho, eu não entendi porque ela vai ser extinta e o trabalho que ela faz vai ser todo repassado para outra secretaria. É uma secretaria que lida com obras importantes em bairros que estão na periferia da cidade”.
O vice criticou ainda o projeto de lei, em construção na Câmara, que paralelamente deverá aumentar o salário do prefeito de R$ 26 para R$ 32 mil. O pedido de reajuste, articulado por sindicatos de servidores, se aprovado, terá efeito sobre o salário de 87 servidores que tem salário igual ao do prefeito.