Política

Nilson Leitão critica delação de empresário e nega envolvimento em esquema

Foto Ahmad Jarrah

O deputado estadual Nilson Leitão (PSDB) declarou na sexta-feira (9) que não saber o por que seu nome foi citado na colaboração premiada do empresário Giovane Guizardi ao Ministério Público Estadual (MPE), como integrante do “núcleo de agentes políticos”. As denúncias foramtrazidas à tona pela Operação Remora que investigou um esquema de corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). “Eu nunca vi esse moço na minha vida, nunca estive com ele pessoalmente”, afirmou o deputado.

O parlamentar rechaçou a delação do empresário dizendo que a medida se tornou uma espécie de “execução sumária”. “Estão tentando fazer da delação algo que virou mais uma execução sumária de nomes de algumas pessoas. Tem que ter muito cuidado com isso. Ouvindo todas as partes é possível tomar um juízo de valor, agora o que está acontecendo no país é muito grave porque alguém citado ou alguém que tá réu já virou condenado, o direito a defesa não tem mais”, avaliou.

Também foi citado pelo empresário na colaboração o ex-secretário de educação, Perminio Pinto. Segundo Guizardi, Leitão foi o responsável pela indicação de Permínio para comandar a Secretaria de Educação do governo Pedro Taques (PSDB).

“Quem conhece mais do Pedro Taques, sabe que não existe isso. Permínio é uma pessoa muito bem elogiada, respeitado, era um nome que o PSDB tinha como candidato”, afirmou Leitão.

Atualmente, Permínio Pinto está preso preventivamente no Centro de Custódia da Capital (CCC) acusado de integrar um esquema fraudulento de pagamento de propina na pasta. O voto de confiança do parlamentar se deu quando respondia as acusações de envolvimento na organização criminosa, investigada na Operação Rêmora.

Perguntado sobre a inocência do ex-secretário, Nilson respondeu positivamente, com direito a elogios. “Eu acredito. Não tenho o mérito de entrar na investigação, mas eu confio no Permínio de muito tempo, gosto dele, da família dele, mas é um caso em que se houve erro vai pagar”, pontuou o parlamentar.

Operação Rêmora

Deflagrada no dia 3 de maio pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), a Operação Rêmora desarticulou um esquema de fraudes e direcionamento de licitações para reforma e construção de escolas estaduais. Pelo menos 23 obras totalizando R$ 56 milhões eram alvos da organização criminosa, que segundo o Ministério Público Estadual (MPE), era chefiada pelo então secretário estadual de Educação, Permínio Pinto (PSDB).

Valquiria Castil

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