O ex-ministro de Agricultura, Neri Geller (PMDB), afirmou que ele seria o alvo da operação ocorrida no dia 30 de setembro em Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá), e não a sua esposa Judite Piccini, presa acusada por compra de votos. Geller afirmou que a ação seria uma jogada com o objetivo de prejudicá-lo.
Para Geller a ocorrência seria uma armação. “Foi uma jogada, que inclusive nos favoreceu a sociedade de Lucas, tanto que nós ganhamos a eleição do Pivetta em Lucas do Rio Verde. O que aconteceu foi a apreensão dos computadores e nós entregamos com muito carinho ‘pode levar, porque não tem absolutamente uma virgula errada’”, afirmou.
Geller explicou ainda que os "santinhos" foram encontrados na loja de conveniência e não estava em nenhum dos escritórios. Sobre os projéteis de 38 encontradas, ele afirmou que seria de um policial aposentado que trabalhava com ele, quando era ministro de Agricultura.
“Aquelas balas estavam a mais de dois anos lá numa gaveta num escritório da fazenda, onde eu despachava enquanto estava no Estado, então foi isso que aconteceu”, concluiu.
Atualmente, Geller é secretário de Política Agrícola do Mapa e esteve em Cuiabá (MT) na última segunda-feira (10) para prestar apoio ao candidato a prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB).
Histórico
A Justiça Eleitoral emitiu um mandado de busca no Posto de Combustível Geller, que pertence ao casal, na última sexta-feira (30) do mês de setembro,. Durante as buscas, os policias apreenderam cerca de 20 munições calibre 38, computadores e diversos comprovantes de combustível.
Com isso, Judite foi detida por suspeita de crime de corrupção eleitoral e posse irregular de munição. O posto teve as portas fechadas, o fato ocorreu dois dias antes das eleições. Piccini pagou fiança arbitrada em R$15 mil no mesmo de dia e foi solta na madrugada do sábado (1). A ordem de soltura foi emitida pelo juiz eleitoral Gleidson de Oliveira Grisoste.
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