Política

Negociação foi difícil porque criminosos estavam bêbados, diz comandante

O tenente-coronel do Batalhão de Operação Especial (Bope), Ronaldo Roque, afirmou que a negociação para libertar o advogado Mário Ribeiro de Sá, 76 anos, e sua esposa, Elvira Francisca de Oliveira, 54 anos, foi intensa e demorada devido ao alto consumo de bebidas alcoólicas por parte dos criminosos.

O casal ficou quase 10 horas em cárcere privado após uma tentativa de furto nesta sexta-feira (21). A casa fica no bairro Jardim Tropical, em Cuiabá. 

“A dificuldade esteve quanto a alteração de ânimo, muito pelo fato de eles estarem ingerindo bebidas alcoólicas. Tinha muita bebida na casa e eles estavam o todo tempo ingerindo. E isso fez com que houvesse essa alteração de humor, e até mesmo alteração na forma de falar conosco”, revelou o tenente coronel.

O comandante da ação ainda contou que mesmo com as adversidades encontradas, a ocorrência foi mantida sob controle dos policiais militares. “Dentro do processo de negociação transcorreu da melhor forma possível e nós podemos alcançar esse resultado. Não houve sinal de agressão às vítimas a todo momento nós ficamos observando esse aspecto e preservando a integridade de todos”, ressalta.

As negociações foram comandadas pelo Bope com apoio de policiais do 1º Batalhão, da cavalaria e da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas).

Em determinado momento das negociações, até a esposa e o filho de cerca de um ano de Renato foram levados até a residência para auxiliar na negociação e resgate dos reféns. Renato chegou a levar a senhora para a porta da residência para abrir fuga, mas não conseguiu.

“Eles queriam a todo momento fugir, sair com as vítimas e depois empreender fuga. Como não houve a possibilidade de sair com o veículo da residência, e por estar bastante exaltado por conta do efeito do álcool [o Renato], resolver sair, mas por o cerco estar bem feito acabou retornando”, conta o policial.

O assalto

Conforme a polícia, os assaltantes teriam entrado por um vão da grade do portão da casa, por volta das 4h desta sexta-feira. Ao perceber a invasão, a mulher chamou a polícia. Quando os assaltantes viram a chegada das viaturas, decidiram fazer o casal de refém.

“Eles estavam com facas da própria residência. Eles chegaram desarmados, aproveitaram e quebraram uma grade do portão e entraram para dentro. Chegaram a pé. Segundo eles, o objetivo era conseguir dinheiro e joias da casa, aproveitaram o momento e acabaram tentando fazer esse furto”, disse o tenente- coronel.

Às 13h30 desta sexta-feira, os criminosos se renderam e foram conduzidos a Cisc Planalto, onde realizaram o Boletim de Ocorrência. Lá, a policia pode contatar que Renato 

Eles exigiram que retirasse a viatura do portão para poder se evadir. Lá, descobriu-se que Renato já havia passado pelo polícia outras sete vezes: por furto, roubo, porte ilegal de armas entre outros crimes.

Reconhecimento

A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso (OAB-MT) fez um reconhecimento público à atuação de policiais militares e civis durante as negociações que culminou na liberação do casal de advogados

“Fazemos um reconhecimento a essa instituição centenária que não pode ser colocada em xeque ou ter sobre si a desconfiança por ações de um ou outro integrante que se desvie de seus caminhos. A Polícia é composta, em sua esmagadora maioria, de homens e mulheres valorosos que defendem a vida do povo mato-grossense. A sociedade e o povo de Mato Grosso confiam na Polícia”, ressaltou o presidente da OAB-MT, Leonardo Campos. 

Ele participou dos momentos finais das negociações que culminou com a entrega dos assaltantes e a liberação do casal de advogados sem ferimentos.

 

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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