Foto: Roscosmos/Reprodução
Após o anúncio de que Mato Grosso estaria entre os possíveis locais da queda da na Progress M-27M, opresidente da Associação Matogrossense Amigos das Estrelas (Amae), Carlos Wagner Ribeiro, afirmar que cuiabanos avistaram a aéronave espacial russa no céu da cidadade nesta quinta-feira, por volta das 18h.
A informação de que a queda poderia ocorrer em solo mato-grossense, segundo ele, foi divulgada pelo site especializado que rastreia a nave em tempo real. De acordo com o site, às 18h38 (horário de Brasília) destroços da nave entram no Brasil vindo da Colômbia, em cima da região conhecida como "Cabeça de Cachorro", passando em cima de Taraquá (AM), Teté (AM), Tapauá (AM), Humaitá (AM), Juína (MT), Campos novos dos Parecis (MT), Tangará da Serra (MT), Cuiabá (MT), Sonora (MS), Água Clara (MS), Brasilândia (MS), Panorama (SP), Presidente Prudente (SP), Rancharia (SP), Assis (SP), Andirá (PR), Bandeirantes (PR), Joaquim Távora (PR), Itaporanga (SP), Itararé (SP), Apiaí (SP) e passa por último em Paranaguá (PR). Quem quiser conferir pode ver no site de rastreio em tempo real.
A aeronave espacial não tripulada Progress se desintegrou completamente ao reentrar na atmosfera da Terra sobre o Oceano Pacífico na madrugada de sexta-feira (8), às 5h04, horário de Moscou – noite de quinta (7), às 22h04, horário de Brasília – segundo agências.
A queda ocorreu uma semana depois que os operadores russos perderam o controle da aeronave. Ainda não há informação sobre fragmentos.
Problema na telemetria
A Roscosmos afirma que o voo desde o Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, até o espaço, ocorreu normalmente. Porém, 1,5 segundo antes da separação da nave do veículo lançador, houve perda de dados do sistema de telemetria (responsável por enviar informações para a Terra).
"Quando os dados foram recuperados, o tempo para a separação já havia passado", explicou a agência, que tentou ancorar de forma segura a nave não tripulada na Estação Espacial, mas o plano foi descartado por apresentar riscos.
As naves Progress, usadas há 35 anos, estão entre os grandes orgulhos da indústria aeroespacial russa, com um histórico praticamente imaculado: até agora só tinham sofrido um acidente, em agosto de 2011, por uma falha do foguete portador.
Um relatório será elaborado até 13 de maio e nele estará a conclusão sobre o que provocou a falha em um dos processos do lançamento.
Com 2,5 toneladas de suprimentos, a nave deveria chegar à plataforma internacional seis horas depois de sua decolagem. Ela carrega combustível, oxigênio, alimentos, equipamentos científicos para os astronautas. Após a perda, cujo custo é estimado em até US$ 90 milhões.
O próximo cargueiro em direção à ISS sairá da Terra no 3º trimestre deste ano.
De qualquer forma, os astronautas têm provisões suficientes para continuar com sua vida no espaço, apesar do incidente com a Progress.
Com informações: Assessoria Amae e G1
Atualiaziada às 8h32min.