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Por G1
A Nasa se prepara para enviar uma sonda em direção ao Sol para desvendar os mistérios da estrela e coletar informações importantes sobre a atividade solar. Detalhes do projeto, cujo lançamento está previsto para 2018, foram divulgados pela agência espacial americana nesta quarta-feira (31) em um evento para a imprensa na Universidade de Chicago.
Em homenagem ao astrofísico Eugene Parker, que teve papel importante na ciência ao desenvolver uma teoria sobre o vento solar supersônico, a sonda e a missão — anteriormente nomeada Solar Probe Plus — será nomeada Parker Solar Probe. O cientista de 89 anos fez um pronunciamento nesta quarta-feira após o anúncio, afirmando estar honrado de ter seu nome associado a essa "missão heroica".
Segundo os cientistas à frente da missão, o objetivo não é apenas adquirir conhecimento teórico sobre as características do Sol e desenvolver ciência básica, mas obter dados que permitirão prever eventos climáticos espaciais que pode ter impacto real na Terra, como as tempestades solares.
"Para desvendar os mistérios da coroa solar, mas também proteger uma sociedade que depende cada vez mais da tecnologia das ameaças climáticas do espaço, enviaremos a Parker Solar Probe para tocar o Sol", diz o texto da Nasa que descreve a missão.
Entenda como será a missão
Depois do lançamento, previsto para ocorrer entre 31 de julho e 19 de agosto de 2018, a sonda Parker Solar Probe passará a orbitar o Sol em órbitas cada vez mais próximas da estrela. Ao longo de quase 7 anos, a orbita chegará a 5,9 milhões de km do Sol, distância bem menor do que a de Mercúrio, planeta mais próximo da estrela. A missão prevê que a sonda completará 24 órbitas, de cerca de 88 dias cada, e fará sete aproximações do planeta Vênus.
Ao longo da missão, os instrumentos da sonda devem detectar o fluxo de energia do Sol, compreender o aquecimento da coroa solar, além de explorar os motivos da aceleração do vento solar.
O vento solar é uma rajada de partículas lançadas pelo Sol no espaço. As partículas liberadas pelo Sol em direção à Terra não atingem a superfície do nosso planeta graças a um escudo magnético – a magnetosfera.
Mesmo assim, as tempestades solares são capazes de interromper sistemas de eletricidade, satélites, internet e todos os meios de telecomunicações, o que inclui sinais de telefone, rádio e TV. O fenômeno também pode colocar em perigo voos comerciais.