Cidades

‘Não tem justificativa’, diz pai de jovem que agrediu ex em bar

O pai do jovem que agrediu a ex-companheira em um bar de Álvaro de Carvalho (SP) foi à delegacia nesta terça-feira (1) para explicar o que aconteceu na noite que em a mãe da sua neta foi espancada com tapas, chutes e joelhadas por seu filho Kelvin Luiz de Assis Soares, de 24 anos. Luiz Geraldo Assis Soares, que é vereador da cidade pelo DEM, falou em entrevista à TV TEM que as agressões teriam sido motivadas pelo suposto comportamento da vítima. No entanto, disse que o que o filho fez não tem justificativa.

“Esse caso eu não vou justificar, porque não tem justificativa. Mas, tudo aconteceu por causa dela. Ela fica até de madrugada bebendo, chega em casa bêbada, só dá problema. Não estou justificando, mas começou por causa disso. Ela não tem responsabilidade, fica com a criança na porta do bar. Ela não é mulher para ter filho. O que aconteceu justificou por causa dela”, afirma Luiz.

No entanto, apesar das acusações do pai do agressor, o Conselho Tutelar informou que não tem nenhuma denúncia de maus-tratos ou negligência envolvendo a filha do casal. E que a jovem é uma boa mãe. "Nós nunca tivemos nenhuma denúncia em relação a jovem, a criança frequenta uma creche e também nunca fomos acionados por qualquer problema envolvendo a menina. Não temos nada que a desabone como mãe. Nunca recebemos nenhuma denúncia contra ela, aparentemente ela é uma boa mãe", ressalta Tânia Lopes, conselheira tutelar.

Agressões
Segundo informações do boletim de ocorrência, a vítima estava em um bar com uma amiga quando foi agredida com socos, chutes e joelhadas por Kelvin com quem tem uma filha de 3 anos e de quem estaria se separando.

As agressões, que ocorreram na semana passada, foram registradas pela câmera de segurança do bar, mas as imagens só foram divulgadas na segunda-feira (31). 

Questionado sobre a violência com que a jovem foi agredida, o vereador preferiu não comentar.

Investigação
As imagens que mostram a jovem sendo espancada serão usadas como prova do inquérito que investiga o caso, de acordo com a Polícia Civil. Segundo a delegada Darlene Costa, responsável pelo caso, não houve flagrante por isso o agressor, Kelvin Luiz de Assis Soares, de 24 anos, não foi preso.

Testemunhas disseram à polícia que a vítima continuou apanhando do lado de fora do bar, onde não tem sistema de segurança. A Polícia Civil tem até 30 dias para analisar as provas e pedir a prisão preventiva do suspeito, mas o caso pode ser concluído antes devido à gravidade.

Kelvin está proibido pela Justiça de tentar qualquer contato com a vítima, inclusive por telefone. A medida protetiva foi expedida na segunda-feira (31) e, segundo a delegada, a jovem agredida passou por exame de corpo de delito, onde foram constados vários hematomas, mas, não houve fraturas.

O agressor deve responder pelo crime de lesão corporal dolosa dentro da Lei Maria da Penha. A delegada informou ainda que a vítima deixou a cidade, mas que a jovem não deu detalhes para onde iria. A amiga dela, que estava no bar no dia das agressões, já prestou depoimento e o dono do bar, que relatou ameaças de Kelvin, também será ouvido nos próximos dias, assim como o suspeito, que ainda não foi ouvido.

Segundo a polícia, Kelvin já foi condenado por lesão corporal grave por conta de uma briga. A condenação é em regime semiaberto, mas ainda não foi determinado pelo juiz que ele cumpra.

Fonte: G1

Redação

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