Política

Não se pode refundar o Estado a cada quatro anos, diz secretário de Infraestrutura

O secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte, disse, nesta sexta-feira (23) achar natural que o próximo governo queira avaliar contratos firmados pela gestão atual, mas criticou a postura de desmonte, com a suspensão integral das ações em andamento.

Ele afirmou que as decisões que o governo vem tomando desde o resultado das eleições de segundo turno estão alinhadas com a perspectiva do governador eleito Mauro Mendes (DEM), e as definições têm sido repassadas em reuniões de transição.

“Naturalmente isso [cancelamento de contratos] não vai acontecer, por isso estamos alinhados com a equipe de transição, e nós não podemos querer refundar o Estado a cada quatro anos. Mas têm muitas coisas que conforme as esquipes vão tomando conhecimento, conversando, naturalmente vai ficando mais claro”, disse ele em entrevista à rádio Capital FM.

Ontem (22), Mauro Mendes publicou um vídeo, em seu perfil no Facebook, se comprometendo a revisar os contratos assinados do Estado nos últimos 90 dias de governo de Pedro Taques. No vídeo de quase um minuto, o governador eleito enfatiza que o foco das avaliações serão contratos de fornecedores que poderão ser cancelados caso seja identificado algum ponto insatisfatório.

Ao Circuito Mato Grosso, a assessoria de Mauro Mendes informou que a manifestação quis transmitir a garantia de que medidas de contenção de gastos da máquina públicas serão tomadas.

O secretário Marcelo Duarte afirmou que a decisão de eventuais revisões é assegurada por lei aos governos de entrada. Em 2015, Taques promoveu uma série de auditorias para saber da situação dos contratos assinados pelo seu antecessor, Silval Barbosa (sem partido), e alguns deles foram cancelados.

“É natural que as coisas aconteçam, esse período é de transição. [mas] o Estado não pode parar, e isso que o Mauro colocou inclusive está previsto em lei que o gestor público pode rever os atos a qualquer momento, e o que ele achar que não é de interesse público pode barrar, o que não é o nosso caso, posso garantir”.

Redação

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