Não se justifique. Nossa conversa hoje será sobre algo que acontece com muita frequência, justificativa. Há muitos anos uma pessoa me contou um provérbio árabe: "Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam". O que é se justificar? De acordo com Alloyse Boberg, “… fazer uma justificativa significa dar uma explicação sobre algo que você fez, sobre uma decisão, uma escolha, um caminho e até sobre uma intenção. E qual o problema em se justificar? Criar uma justificativa para suas escolhas pode ser bastante cansativo ao longo de uma vida porque lhe tira a oportunidade de ser você mesma, ela tem um apelo de tentar agradar e pode se tornar um perigoso jogo afetivo (ainda que inconsciente) de pedir, pelo amor de Deus, para ser aceita, ser amada…”.
A justificativa enfraquece e na maioria das vezes é desnecessária. Há também o medo de ser julgada, mas fique tranquila porque isso vai acontecer de qualquer maneira, com ou sem justificativa, portanto não se justifique, apenas assuma o que aconteceu. Por exemplo, se você se atrasou, peça desculpas. Quebrou um copo, assuma e se ofereça para repor. Perceba o quanto você se justifica. Frederico Mattos em seu artigo “Pare de (se) justificar”, traz a seguinte reflexão: “… Meu amigo Guilherme falou de uma postura sábia de sua mãe quando ele tentou se explicar quando pequeno ao errar um lance no jogo de taco: ‘Não se explique, filho, apenas jogue!’. Apenas faça, sem falatório, sentimento de culpa, comentários de autodepreciação ou tentativas de justificar o injustificável.
Se fez algo que alguém considerou errado ou maldoso, assuma o que fez, se retrate, repare o estrago da melhor maneira possível e siga em frente. Todos nós somos tomados vez ou outra por impulsos egocêntricos, admitir isso é sinal de maturidade e não de pequenez. Tentar justificar uma ação egoísta tentando culpar as circunstâncias é deprimente…”. Portanto, nesta semana busque evitar esse comportamento. Errou, admita, se desculpe se for o caso e siga em frente.
Namastê.