Ao decretar estado de emergência em Mato Grosso, o governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que não pode deixar as cidades desastecidas por causa das rodovias bloqueadas. Além disso, Taques observou que o decreto é "para que possamos tomar todas as medidas".
O governador decretou situação de emergência no Estado no início da noite deste sábado (26). Segundo ele, o motivo é evitar situações que possa comprometer serviços essenciais a população, como nas áreas de saúde e segurança pública. O decreto ainda autoriza a alocação de recursos orçamentários para custear ações emergenciais.
"Nós respeitamos a manifestação. A manifestação é um direito fundamental do cidadão. Agora, não pode fechar as rodovias. Tem que ter as manifestações e a democracia exige isso. Mas sem prejudicar o abastecimento", disse.
Na sexta-feira (25), durante o Fórum dos governadores do bloco Brasil Central, Taques já havia reconhecido o movimento grevista como legítimo, mas criticou as medidas apresentadas em acordo feito pelo Governo Federal com os representantes dos caminhoneiros. Na ocasião, o chefe do Executivo afirmou que não irá reduzir o ICMS no estado, porque não teria condições, uma vez que não fez o reajuste do valor.
Ainda, Taques disse que os estados não podem pagar a conta da União, e afirmou que a greve atual é consequência de uma má política dos anos anteriores.
A greve dos caminhoneiros já segue no seu sétimo dia. Mesmo o Governo Federal autorizando o uso das forças armadas para desobstruir as rodovias, categoria ainda permanece na luta. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo menos 25 trechos estão bloqueados no Estado.