Em entrevista nesta quinta-feira (25), o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, garantiu que não há indícios de ação terrorista na decisão do copiloto alemão Andreas Lubitz, responsável pelo acidente que matou 150 pessoas após a queda do avião da Germanwings nos alpes franceses.
As informações são do jornal francês Le Monde. O copiloto era alemão, tinha 28 anos e trabalhava na Lufthansa —empresa responsável pela Germanwings— desde setembro de 2013.
O CEO da empresa aérea Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou que o copiloto passou por exames psicológicos e não tinha nenhum problema que o impedisse de comandar um avião. "Ele estava 100% apto a voar. As performances de voo eram perfeitas."
Segundo ele, a seleção da empresa tem ênfase na capacidade técnica e psicológica dos candidatos de comandar um avião.
Durante a coletiva de imprensa, o presidente da Lufthansa afirmou que a companhia arcará com suas responsabilidades e ajudará as família financeiramente, mas não precisou o montante da indenização.
Piloto ficou trancado fora da cabine
O procurador de Marselha, Brice Robin, informou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (26) que o copiloto Andreas Lubitz estava sozinho na cabine de controle do avião da Germanwings.
O copiloto ficou sozinho no comando do avião, após a saída do piloto da cabine. O piloto tentou retornar ao seu posto, mas ficou trancado do lado de fora.
"Houve vários pedidos para que o piloto voltasse a entrar na cabine de comando. Ele se identificou e começou a bater na porta para entrar", destacou o procurador. Conforme via a situação piorando, as batidas foram ficando mais fortes.
Desde o incidente de 11 de setembro, as cabines de avião têm um sistema de segurança que exige a permissão de quem estiver dentro da cabine para destravar a porta blindada.
Fonte: iG