Em recente sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorais da Câmara dos Deputados, transmitida pela TV Câmara, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), fez um desabafo em tom de denúncia.
Ele relatou que estava no banheiro do cafezinho do Congresso quando outro parlamentar entrou e, ao vê-lo, disse em tom de deboche: “Eu sou do tempo em que viado sabia o seu lugar”.
Wyllys não revelou a identidade do político nem informou se retrucou o comentário classificado como homofóbico.
O episódio de discriminação relatado diante das câmeras, e na presença de dezenas de pessoas que participavam da audiência pública no Congresso, não teve repercussão na imprensa.
O fato vale ser registrado como ponto de partida de uma análise rápida sobre a TV Câmara e a TV Senado.
Com orçamento milionário e audiência perto do traço, as duas emissoras são uma fonte inesgotável de pautaspara quem cobre política e televisão.
Em seus discursos, os parlamentares fazem revelações, acusações, defesas e até trocam ofensas.
Há discussões relevantes sobre temas que interessam aos cidadãos e mereceriam destaque na mídia.
Porém algumas transmissões ao vivo dos plenários da Câmara e do Senado, e das comissões, às vezes parecem um telebarraco. Noutras, um programa de humor ao estilo Zorra Total.
Não é à toa que programas como Pânico e CQC exploram polêmicas e ironias nos corredores mais movimentos de Brasília. Conteúdo não falta.