A pouco mais de dez dias para as eleições, os candidatos ao governo de Mato Grosso dizem não ter alcançado nem a metade em arrecadação do recurso permitido pela Justiça Eleitoral. A mais recente prestação de contas divulgada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso é de sexta (21), e Mauro Mendes (DEM), com maior volume de dinheiro, informou a movimentação de R$ 2,2 milhões. Wellington Fagundes (PR), o segundo na lista, não ultrapassou a faixa dos R$ 2 milhões.
Conforme dados do TRE-MT, Mauro Mendes arrecadou R$ 2.224.121,06, dois quais mais da metade (R$ 1,451 milhão) são de transferência da Executiva nacional do DEM. O valor total representa cerca de 40% dos R$ 5,6 milhões permitidos para despesas em campanha.
Wellington Fagundes informou até o momento a entrada de R$ 1.937.335,60 nos cofres de sua campanha, também com peso de transferência da direção nacional de seu partido, que destinou para ele R$ 1,600 milhão. Quase 35% do teto legal.
Pedro Taques, candidato à reeleição pelo PSDB, teve arrecadação um pouco abaixo e está informou a entrada até o fim da semana passada de R$ 1.815.700,00 (32,4% do teto oficial).
Os três candidatos têm as campanhas com mais volumes de recursos e bem abaixo do que foi declarado em eleições anteriores. Em 2012, na campanha que o elegeu a prefeito de Cuiabá pelo PSB, Mauro Mendes informou gastos de R$ 13,4 milhões, com eleição encerrada em primeiro turno.
O tucano Pedro Taques informou à Justiça Eleitoral gastos de R$ 29,5 milhões na disputa ao governo em 2014. Somente com aluguel de veículos o montante pago foi de R$ 6,5 milhões.
No mesmo ano, Wellington Fagundes foi eleito ao Senado com uma campanha declarada de R$ 8,7 milhões, a maior despesa dentre os concorrentes ao cargo no mesmo ano. Nos três casos, eleições de 2018 são estimadas mais cara tanto pela correção de preço na passagem de anos quanto pelo tamanho da campanha para o governo estadual.
“É bom que seja feito esse alerta, porque tem candidato andando de avião de um lado para outro, mas não está declarando gastos com combustível. O eleitor precisa ficar atento aos gastos de campanha porque até o momento a indicação é que o uso dinheiro novamente vai pesar na decisão das eleições”, diz o coordenador de análise de dados do TRE-MT, Daniel Taurines.
Arthur Nogueira (Rede Sustentabilidade) informou arrecadação de R$ 14.972 e Moisés Franz (Psol), R$ 6.378.
A campanha oficial nas eleições 2018 começou em 16 de agosto, com a abordagem corpo a corpo. Em rádio e TV pelo horário gratuito, as veiculações obrigatórias estão no ar desde 31 de agosto. Elas seguem até 4 de outubro.