Mano Menezes completou 32 jogos pela Seleção Brasileira com o time principal – sem contar a campanha olímpica – e só repetiu uma vez os mesmos 11 titulares, no jogo da eliminação da Copa América de 2011 contra o Paraguai. Neste período, o técnico sofreu com lesões de jogadores, mas também mostrou indecisão sobre o estilo de jogo e a melhor formação.
Em caso que ficou emblemático neste mesmo torneio sul-americano, depois de calcar toda uma preparação em um time à espera do então lesionado Paulo Henrique Ganso, Mano mudou o time depois da estreia com empate diante da Venezuela, com a entrada de Jadson no lugar de Robinho. A justificativa era adequar o jogo brasileiro ao time paraguaio. Após novo empate, o técnico voltou a seu plano original.
Nesta semana, o capitão Thiago Silva disse que uma das razões pela evolução do Brasil nas últimos três partidas é a manutenção e formação de um time que se imponha sobre seus adversários e não precise se adequar ao estilo de jogo do adversário. “A Seleção tem que encontrar seu jeito de jogar e não se adequar. Eles que têm que se adaptar ao nosso jogo”, afirmou.
Felipão usou seus primeiros jogos no comando da Seleção para testes de nomes e formações. Tirou sua última dúvida na lateral esquerda, com a aprovação de Marcelo diante da França, e agora trabalha em cima de seu time ideal. Nos treinos, tem feito observações apenas nos finais da atividade e concentra o esforço no aperfeiçoamento dos 11 escolhidos.
“Nós temos uma filosofia de jogo e devemos jogar dentro daquilo que achamos mais correto. Temos que tentar vencer os duelos individuais, jogar de acordo com o que pretendemos, tentar ser superiores, devemos reconhecer todas qualidades dos nossos adversários. Na medida do possível vamos tentar impor nosso estilo, mas em alguns nossas adaptações a determinados adversários deve acontecer”, afirmou.
Dentro desta base formada, Felipão trabalha em variações sem mexer no time, principalmente quando o Brasil tem a bola nos pés. O treinador já destacou em entrevistas que seus jogadores ofensivos lhe dão a opção de mudar posicionamentos ao longo do jogo. Neymar, por exemplo, tem variado entre a ponta esquerda e uma posição central.
Para Hulk, além da capacidade de mudar o estilo de jogo, é importante que a Seleção esteja pronta para passar por cima de mudanças de nomes entre os titulares. “A gente está concentrado para enfrenar qualquer adversário, mas podemos mudamos um pouco fama de atacar. A função que a gente vai desempenhar depende do adversário que vamos enfrentar. Mas o mais importante é que a equipe esteja pronta para quando entrar qualquer jogador”, disse.
Fonte: Portal Terra
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra