Cidades

Myrian Serra é a nova reitora da Universidade Federal de MT

Às 18 horas desta quarta-feira (6) a chapa 4, “Diálogo e ação” sai vitoriosa para gerir a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A professora Myrian Serra venceu a disputa contra o professor Paulo Teixeira no segundo turno para a reitoria da maior instituição de ensino de Mato Grosso.

Com uma diferença de 2,3%, a chapa de Mirian (chapa 4) teve 49,96% dos votos contra 47% da chapa 2, encabeçada pelo professor Paulo Teixeira de Souza. Myrian Thereza de Moura Serra é professora da Faculdade de Nutrição e o vice, Evandro Aparecido Soares da Silva, é do Departamento de Engenharia Elétrica. 

As eleições foram feitas por sistema eletrônico, através de urnas do Tribunal Regional Eleitoral – TRE, instaladas nos campi da UFMT. Servidores da Universidade (técnicos administrativos e professores) – ativos (permanentes e substitutos) e aposentados – e estudantes matriculados nos cursos da UFMT totalizaram 9.163 votos.

De acordo com assessoria, a data de posse ainda não está fixada, mas a chapa “Diálogo e ação” deve tomar posse em outubro de 2016.

NOVA ADMINISTRAÇÃO

Em seus 35 anos de experiência acadêmica e profissional na UFMT, Myrian Serra, 52 anos, foi protagonista em ações que contribuíram para ampliar o acesso ao ensino, incentivar e qualificar a pesquisa e a extensão. Vinculada à Faculdade de Nutrição, foi a primeira diretora da Faculdade, tendo atuado diretamente em sua estruturação.

Seu vice, o professor Evandro Soares da Silva, é mestre e doutor em Engenharia Elétrica, com publicações em veículos nacionais e internacionais e tem significativa presença na relação entre universidade e sociedade.

Com propostas cujos princípios indicam a construção de uma UFMT mais inclusiva, democrática e articulada com a sociedade, Myrian defende a gestão participativa, e destaca a importância de exercer o direito ao voto: “A UFMT é uma das instituições pioneiras neste processo de consulta, com voto paritário, da definição dos nomes para ocupar a reitoria. Esse é um momento de fortalecer a nossa democracia e a nossa autonomia, em todos os campi”.

Como estudante, professora, coordenadora de curso, diretora de faculdade e pró-reitora, Myrian acumulou experiência em gestão e pesquisa, conhecendo de perto o cotidiano plural da comunidade acadêmica, desde o anseio dos alunos, o trabalho diário dos técnicos e os projetos dos docentes. A defesa do acesso à educação superior, à permanência e a conclusão dos estudos com sucesso são preocupações presentes em sua trajetória.

“É preciso dedicação específica para cada curso, pois a consolidação dos cursos de graduação e de pós exige vários olhares. Conhecer os contextos, criar possibilidades de diálogo são ferramentas para aplicação das propostas de ensino, pesquisa e extensão”. Além disso, a infraestrutura, uma das demandas mais frequentes em todos os segmentos, contará com ações efetivas, cujos resultados serão percebidos a curto, médio e longo prazo. “É essencial que as propostas alcancem desde os problemas corriqueiros, que interferem no cotidiano da universidade, aos projetos mais complexos ”, explica a candidata.

A expansão da educação superior e fortalecimento dos campi são bandeiras importantes em sua proposta. Myrian defende a necessidade de uma gestão descentralizada com escolha democrática da pró-reitoria dos campi, jornada de 30 horas para técnicos administrativos – para melhoria das condições de trabalho e ampliação do atendimento à comunidade, políticas de capacitação dos servidores, criação de um escritório de apoio aos campus do interior, entre outras propostas.  “Nossa chapa defende a autonomia dos campi, mas pensando em primeiro lugar no fortalecimento das instâncias administrativas e acadêmicas. Por isso propomos que o processo de escolha dos pró-reitores tem que ser democrático, da mesma maneira que estamos escolhendo os nomes para a reitoria”, disse a candidata.

Myrian defende a criação de um fórum com participação da sociedade, para a discussão, acompanhamento e definição de políticas para a UFMT, trabalhando de maneira transversal. “Queremos  a universidade nos próximos quatro anos com uma gestão comprometida com as pessoas, de construção coletiva, com gestão descentralizada. Comprometida também com a diversidade de ideias, queremos que a universidade volte a ser espaço de debate”, disse a candidata, defendendo a necessidade de uma universidade mais democrática, mais solidária, com respeito, de construção coletiva e autônoma.

O compromisso com a implantação da chamada jornada contínua para os técnicos também faz parte das suas propostas. A iniciativa permitirá a extensão dos horários de funcionamento de setores como o protocolo, registro escolar, dentre outros. “A universidade praticamente fecha no período noturno, deixando os estudantes sem acesso a serviços fundamentais. Vamos tratar esse tema como questão emergencial”, afirmou a candidata, acrescentando “com os setores funcionando até às 19 horas, por exemplo, os estudantes já vão ganhar muito mais agilidade. Isso é possível concretizar em pouco tempo”, afirmou.

A candidata também evidencia a necessidade de criação do regimento interno da UFMT, além da revisão do atual estatuto, que segundo ela “não atende mais a demanda e a organização institucional”. “Iremos fortalecer as instâncias colegiadas, com transparências nos atos administrativos e acadêmicos”.

(Com assessoria)

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Cintia Borges

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