Da Redação
O município de Cáceres deverá, num prazo de 30 dias, solucionar os problemas de infraestrutura do Centro de Reabilitação da cidade, unidade que presta atendimento diário a cerca de 80 pessoas da região Oeste do Estado.
A medida foi determinada em Ação Civil Pública, proposta pelo Ministério Público do Estado (MPE-MT), por meio da 1ª Promotoria de Justiça Cível. O MPE requer ainda a reforma da unidade.
Segundo o MPE, o local possui condições de trabalho ‘inaceitáveis’ e ainda necessita de doações de materiais feitas pelos próprios pacientes, para que os atendimentos sejam realizados.
Além disso, a unidade ainda enfrenta outros problemas, como máquina de lavar os lençóis quebrada, falta material de limpeza e até mesmo copos descartáveis. Também não existe internet no local e linha telefônica, fazendo com que os contatos necessários na capital sejam feitos por meio do celular particular dos funcionários.
As investigações referentes aos problemas enfrentados pela população ao buscarem o serviço no Centro de Reabilitação de Cáceres tiveram início após inúmeras denúncias dos usuários. Um abaixo assinado também foi entregue ao promotor de Justiça titular da 1ª Promotoria de Justiça Cível, que notificou o Conselho Municipal de Saúde e a gestora do Centro em busca de explicações do descaso relatado pela população.
De acordo com os conselheiros, vários debates foram realizados com o município para a melhoria dos serviços. No entanto, nunca obtiveram respostas para a situação. Em ofício, explicaram ainda que “a insatisfação dos trabalhadores da unidade foi claramente evidenciada, diante das graves deficiências de falta de materiais, dificuldades administrativas e inconformidades estruturais”.
“O que se nota é que o Município demandado parece satisfeito em manter a sua ineficácia administrativa e leniência na prestação dos serviços de saúde pública. O usuário da Saúde Pública em Cáceres está tendo sua dignidade ferida. Nos últimos 12 meses essa é a 10ª ação coletiva ajuizada por deficiência na prestação dos serviços de saúde à população", ressaltou o promotor de Justiça Douglas Lingiardi Strachicini.