Opinião

Mulheres sábias X indiferença?

Desde o século XVIII, Matto Grosso com dois “T” a Província era chamada de “indizível tranquilidade idílica” Karl von Den Steinen (1863). A mulher sempre exerceu posturas humanísticas por estar e ser combatente pela paz e construir a paz e o fez. Rosa Bororó foi a heroína das negociações (…). (Clovis Correa da Costa, 1968). ”

 E durante as palmilhadas das populações tanto nacionais quanto internacionais estavam à busca de riquezas e paz, ou seja, fugindo das guerras. As mulheres estavam na floresta primando pela ordem e união dos povos, “cansado de La mar, me lance á los bosques virgenes buscando impresiones nuevas que ya no encontraba em La inmensidad de los Occeanos. (…) las ricas y variadas producciones de esa bella region de la America, (…) La província de Mato Grosso, rica y feraz, está virgen. Todo se brinda allí: todo convida al estrangero al trabajo; todo despierta su legitima codicia y todo le sonrie como uma verde esperanza(..). (Bossi, Bartolomé, 1863).

Este artigo têm o objetivo cristalizar a relevância das mulheres nas instituições. E para isto houve levantamento de dados tanto da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, considera entre as melhores do pais no ranking Universitário Folha-RUF (2017), sendo a 33ª, sendo que alguns cursos da UFMT foram relevantes para este reconhecimento: Curso de Engª Ambiental, medicina, (exemplo de competências, ética-moral e excelentes administradores), curso Direito e outros. Então comprova que as mulheres estão preparadas para o exercício do poder em sua totalidade. Atualmente há uma Reitora eleita, Dra. Myrian Thereza de Moura Serra, a instituição labuta pela igualdade/educação e cidadania, cumprindo a Constituição Federal artigo 5º. A UFMT sempre fazendo o viés Educação/cidadania e igualdade. Desde 1970, é a 3ª Reitora eleita, sendo que a Dra. Maria Lúcia Cavalli Neder (2008-2016) exerceu dois mandatos, formando cidadãos para exercerem junto à sociedade o papel de transformadores. Há de fato na instituição-UFMT a busca para igualar o cidadão; informamos os números de servidores que recebem função gratificada: homens 267 e mulheres 221, (Supervisão de Admissão, Cadastro e Registro Funcional.SACRF/GP/CAP/SGP/REITORIA, 2017). O ecossistema é uma das labutas da UFMT.

Foto: Graci Ourives de Miranda (29/09/2017)

Notar-se-á que existem avanços na instituição também quanto a feminilidade. A 1ª Mulher diretora da FAET-UFMT foi Dra. Marta Cristina de Jesus A. Nogueira (2005-2009).

A professora doutora professora/doutora Margarida Marchetto, eleita para Diretoria da FAET-2016, sendo a 2ª Mulher eleita desde 1970, e foi também através do voto. (Imagem: Margarida Marchetto. Foto arquivo pessoal da família-Marchetto).

As mulheres estão em pé de: igualdade e sensatez.

Foto: Graci Ourives de Miranda (28/09/2017)

Mas, o que mais nos surpreende é diversas instituições que tem como princípio o exercício da igualdade em todos os quadrantes, detectou-se que somente uma mulher foi eleita desde 1875-2017. Lamentavelmente, somente uma MULHER ocupou a presidência do Tribunal de Justiça-TJ: Desembargadora Shelma Lombardi de Kato.

Conforme a Sra.Mylena Petrucelli, Coordenadoria de Comunicação do TJMT)
“A desembargadora Clarice Claudino da Silva foi a primeira mulher a ocupar o cargo de vice-presidente, na gestão 2015-2016. Atualmente, a vice-presidente do TJMT é a desembargadora Marilsen Andrade Addario. A única mulher que foi presidente do TJMT foi a desembargadora Shelma Lombardi de Kato”. Maravilhas de profissionais e humanismo existem nestas mulheres do TJ-MT. Parabéns!

Algumas mulheres são reconhecidas no patamar do poder enquanto examinamos que outras mulheres de relevantes saberes permanecem quase ignoradas. Atualmente examinamos o quadro de Presidentes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Elas as doutoras para estarem desembargadoras transpuseram diversificadas barreiras, e, muitas fronteiras, deveria haver alternância e maior número de mulheres nas imagens do TJ, tudo para florir aquela entrada do Tribunal de Justiça-TJ. Quanta intelectualidade sem estar na Galeria: Cadê igualdade? Porquê, não existe escalonamento no poder? Notar-se-á que elas as desembargadoras exercem as diversas atividades intelectuais tão quanto seus pares.  As mulheres são poderosas de intelecto tão quanto eles. Então, vamos primar para igualdade e com mais igualdade! Outra localidade vergonhosa é a Assembleia Legislativa e Tribunal e Contas: Nenhuma mulher. É resquício de ‘coronelismo’, será?

Há mulheres intelectuais e competentes que são relegadas aos cargos mais secundários, elas são cidadãs dignas e apresentam produção totalmente voltada para superprodução. Por longa data foi negado cultura às mulheres, isto porque a ciência levar-lhe-ia ao poder e a gloriosa independência. Atualmente elas se dedicam também à ciência. E não se submetem ao mandatário ‘coronelismo’. Então o “Amor ao estudo é de todas as paixões a que mais contribui à nossa felicidade. O amor ao estudo encerra uma paixão da qual uma alma nobre não está jamais isenta, a da glória; (…) Madame Du Châtelet, (1779). Segundo à Bíblia ‘não há nada escondido que não seja revelado” o potencial e imensos saberes destas mulheres será brevemente reconhecido. Após tanta indiferença

 A gloria que se chama cultura e oportunidade muitas vezes são negados às mulheres, porém não desistem jamais.  Tão gloriosas ELAS ainda serão tal como nossa presidente A ministra Ellen Gracie em 2006 e2008, foi a primeira mulher que presidiu o Supremo Tribunal Federal/STF. Dra. Cármem Lúcia Antunes Rocha em 10/08/2016, a segunda mulher a exercer a mais alta instância do poder judiciário e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A professora/doutora Margarida Marchetto, 2016 foi eleita Chefe do Departamento de engenharia Sanitária, orientou mais de 60 trabalhos acadêmicos em dissertações de mestrado, trabalhos de conclusão de especialização e de graduação, Criação da Revista Científica da FAET-2013, e outras atividades acadêmicas (lattes). Atualmente Diretora da Faculdade de Arquitetura Engenharia e Tecnologia -FAET, mandato (2017-2021). A instituição está buscando minimizara as diferenças sociais combatendo a evasão. A instituição-UFMT é de todos e não para formar uma minoria.

Conforme Marchetto, 2017: Dados do MEC em 2010, o índice nas universidades públicas do Brasil era de 13,2% em 2011 e o índice médio de evasão anual era de 11%. Em 2016 conforme dados do MEC, 21% dos alunos que conseguiram acesso às universidades brasileiras (públicas ou privadas) não terminavam o curso na maioria das vezes, isso acontece devido à dificuldade dos estudantes em acompanhar o ritmo do ensino superior, em consequência de um ensino médio de má qualidade. Para solucionar esses problemas medidas, consideradas das mais importantes, é oferecer apoio aos estudantes no início dos cursos. (…). ”. As causas de evasão são DIVERSAS. O importante é não deixar que um aluno pare de estudar por falta de condições. A esse respeito a universidade tem um departamento de assistência ao estudante (Pró-reitora de assistência estudantil-PRAE). A Faculdade de Arquitetura Engenharia e Tecnologia -FAET tem por hábito acolher os alunos egressos na primeira semana de aula, são proferidas palestras aos calouros, explicando o funcionamento da universidade e os direitos e obrigações dos alunos. A FAET também possui programas de monitoria, especialmente no primeiro ano, quando muitos têm dificuldades nas disciplinas básicas. Na UFMT a reitoria e pró reitoria de graduação estão atentas, é normal um aluno após iniciar um curso descobrir que não é sua aptidão e desistir. Para contornar o problema das vagas ociosas serão abertos editais para que alunos de outras universidades possam concorrer as vagas mediante uma prova e análise de currículo. ” (MARCHETTO, Margarida. Dra. 2017)

Acreditamos que maiores números de mulheres deveriam assumir o poder cultural, isto para que possamos ter olhares diferenciados e humanizados sobre os cidadãos, tal qual o têm em seus discursos doutora Margarida Marchetto: “ Na FAET estão sendo atualizados e inovados os projetos políticos pedagógicos, e também estão sendo estudadas ações proativas de combate à evasão. A UFMT sendo uma instituição de ensino superior não nos contentamos com pequenos avanços.  Buscamos inovações tecnológicas. (MARCHETTO, 2017). Ainda sobre o ensino Marchetto pontuou: “A aplicação de teste vocacional e a inserção do conteúdo sobre profissões no ensino médio público e privado, com o objetivo de amparar a escolha e a decisão do estudante sobre seu futuro profissional é uma alternativa para minimizar a evasão no ensino superior. ”   

A autora sempre observou a postura de humildade e simplicidade que se dirigia aos discentes e pesquisadores de diversas áreas e perguntou-lhe, qual o motivo da sua candidatura, doutora Marchetto diz: “Candidatei porque queria dar minha contribuição para a instituição. ”

Renato Jesus, abordando a evasão, aluno 4º semestre de Eng. elétrica-UFMT, naquele período (entrevista colhida por: Graci Ourives de Miranda, em 04/07/2016.

“(…)Estão no TOP: Engenharia, medicina, Engenharia Ambiental, Direito… são cursos que independentemente de você gostar ou não o retorno financeiro, são mais rápidos, quando você que faz o Curso de Letras (…), você vai ter que ralar bastante, quem gosta, eu acho…, que é muito mais fácil ter um que vai trazer retorno financeiro e encarar a realidade (…) não conseguiu medicina, não conseguiu Engª (…) tudo por conta da nota. ” Quanto à evasão “(…), o professor não vai atrás…acho que …quando você entra para a universidade todo mundo pensa que você já e adultos… tem muita gente grande com cabeça de criança(…)eu tive sorte que no meu Curso tem um Programa, e as pessoas que estão lá explicam a realidade, como o Curso funciona, o que você vai enfrentar, desde o dia que você entrou, até o dia  em você formar, é uma semana toda, se apresentando até você formar, é uma semana toda de apresentação, te levam para uma área de atuação, os professores…, aí, não sei se tive sorte? Já no começo, tive um professor de Engenharia que explicava a realidade do curso, acho que no meu caso foi sorte. (…)a sorte ainda que eu tive professores que estudaram na UFMT, então eles foram de família humildes, eles sabem dessa dificuldade, eles sabem dessa dificuldade. ” Evidencia a importância do docente orientador para combater a evasão.

O Estado deve ser cumpridor do papel de investidor cultural, prestar apoio educacional a todos, para evitar a evasão escolar, enfim diminuir o analfabetismo. Em se tratando de conhecimento para ingressar na instituição de ensino superior, os jovens deveriam receber maior estrutura educacional dos docentes. 

Autoridades sejam céleres! Igualdade em todos os Poderes. Temos pressa.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Opinião

Dos Pampas ao Chaco

E, assim, retorno  à querência, campeando recuerdos como diz amúsica da Califórnia da Canção Nativa do Rio Grande do Sul.
Opinião

Um caminho para o sucesso

Os ambientes de trabalho estão cheios de “puxa-sacos”, que acreditam que quem nos promove na carreira é o dono do