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Uma funcionária do hipermercado Fort Atacadista foi vítima de racismo por uma colega de trabalho, em Cuiabá (MT). O Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune/MT) denunciou ao Conselho de Promoção e Igualdade Racial de Mato Grosso (Cepir/MT) o caso que teria ocorrido no último sábado (7).
Segundo o Imune, uma colega de trabalho teria feito um comentário, chamando-a de “pretinha”. O episódio ocorreu num refeitório cheio de gente e provocou risos de todos, o que aumentou ainda mais o constrangimento por parte da funcionária.
A vítima resolveu, então, registrar um boletim de ocorrência, mas recebeu por mensagens, vários pedidos de desculpas. “Ela começou a mandar mensagem pra mim, falando que estava brincando, que não era bem assim, me pedindo desculpa, desculpa, desculpa. Vários números ligando, não atendi”, afirmou.
Após o caso de racismo, a funcionária ofendida registrou Boletim de Ocorrência, mas foi demitida na segunda-feira (9). “Chegando lá, ninguém olhou para minha cara, todo mundo rindo fazendo de conta que nada aconteceu, e eu fui demitida da empresa. Disseram que o meu perfil não era adequado”, disse ela.
De acordo com a presidente do Cepir/MT, Antonieta Costa, a denúncia feita pelo Imune será encaminhada pelo órgão à direção da empresa. Ela destaca ainda que, dentre as sugestões do documento, está à oferta de palestras de sensibilização contra o racismo no ambiente de trabalho.
“As mulheres negras são o alvo preferencial do racismo, pois são mais vulneráveis socialmente. Apesar de ser tipificado como crime, muita gente acha que o racismo não dá cadeia no Brasil”, comentou Antonieta Costa.
Outro lado
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Fort Atacadista informou que a empresa repudia toda forma de discriminação, além de contribuir com o desenvolvimento de Mato Grosso, gerando mais de 12 mil empregos no Estado. A assessoria ainda disse que o setor de Recursos Humanos (RH) realiza constantemente treinamentos técnico e comportamental focados no desenvolvendo dos seus colaboradores.