A esposa do pedreiro Rubson Farias dos Santos, de 27 anos, fez um apelo desesperado na noite desta terça-feira (2) em busca de respostas sobre o paradeiro do marido desaparecido após uma ação da Polícia Militar, em Cáceres (a 219 km de Cuiabá).
Em vídeo gravado do protesto, a mulher com outros familiares e conhecidos se juntaram em frente à sede da Polícia Militar do Município e mostraram o desespero ao implorar por informações sobre Rubson, que não é visto desde a última sexta-feira (29).
Segundo a denúncia da esposa, registrada pela Polícia Civil, policiais militares foram até a casa da família, no Bairro Jardim das Oliveiras, na noite de sexta e levaram seu marido preso. Não foi informado do que se tratava a abordagem dos militares.
Depois daquele dia eles não tiveram mais notícias de Rubson. A família alegou que fez buscas em diversas unidades de saúde e da Polícia, porém não localizou seu paradeiro.
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O pedreiro Rubson Farias, que desapareceu na última sexta-feira (29)
Em contato com a Polícia Civil, foi informado que não houve nenhum registro da prisão de Rubson, apenas da denúncia de desaparecimento feita por sua esposa.
Já na manhã desta quarta-feira (03) a esposa e o filho da vítima foram ouvidos na Delegacia de Cáceres pelo delegado Miguel Macário Lopes. Agora à tarde outras duas testemunhas do fato devem ser ouvidas.
Por meio de nota, o comandante do 6º Comando Regional, com sede em Cáceres, coronel Cesar Augusto Camargo Roveri, informou que após a denúncia determinou a instauração de um inquérito policial militar para apurar o caso.
Conforme ele, após os protestos medidas serão adotadas na esfera correcional da PM, além do IPM, como requisição de perícias, entre outras providências fundamentais ao esclarecimento da denúncia.
O caso segue sendo investigado e até a publicação da reportagem Rubson segue desaparecido.
Nota da Polícia Militar
O comandante do 6º Comando Regional, com sede em Cáceres, coronel Cesar Augusto Camargo Roveri informa que de imediato ao conhecimento da denúncia determinou a instauração de Inquérito Policial Militar(IPM) para apurar o caso em questão, além de informar ao comandante geral da PM, coronel Jonildo José de Assis assim como a Corregedoria Geral.
E ainda, que nesta terça-feira(02.02), na mesma data do recebimento, respondeu a solicitação da Promotoria de Justiça de Cáceres sobre as medidas já adotadas na esfera correcional da PM, como a instauração do IPM, requisição de perícias, entre outras providências fundamentais ao esclarecimento da denúncia.
Roveri observa que o IPM está sendo presidido por um oficial superior sob o acompanhamento de equipe da Corregedoria.
Veja vídeo do protesto: