Cidades

Mulher fica tetraplégica supera trauma e faz ensaio sensual

Moradora de Botucatu dá exemplo de superação (Foto: Carina Galvão / Divulgação)

Uma moradora de Botucatu (SP) de 34 anos deu uma lição de superação após quase morrer em um acidente e ficar tetraplégica há 19 anos. “Fui taxada como vegetal, depois falaram que mexeria nada e não desisti, não podia ficar em uma cama para o resto da vida”, conta Letícia Mulford Costa, que posou para um blog de deficientes com um ensaio sensual e chamou muita atenção. “Mulher é mulher de qualquer forma e pode ser sensual.”

A gerente de relacionamento de uma agência bancária se acidentou quando tinha 15 anos e ficou tetraplégica. Ela chegou a ficar em coma por 19 dias. “Não mexia nada, só os olhos, comia por sonda, respirava por aparelhos por um ano. A evolução foi bem devagar. Fiquei revoltada, minha família sofreu muito e eu não queria mais viver”, lembra.

Com apoio de fisioterapia e da família, Letícia começou a voltar a viver.  “Tive depressão, não queria ver ninguém e um dia estava chorando e pensei: Meu Deus, quando é que você vai me fazer andar? Mas então percebi que tem um monte de gente que anda e não é feliz. E que não preciso disso, ter auto piedade não resolve”, afirma.

Superação

Letícia decidiu fazer faculdade de matemática, mas antes disso, no cursinho pré-vestibular conheceu o grande amor da sua vida. “Ele se apaixonou por mim assim e sempre me tratou normal. Como faço tudo, as pessoas até esquecem que sou tetraplégica. O duro é depender dos outros, então quando você é independente é mais fácil, não me impede de viver”. Hoje ela é casada com Gustavo Costa e tem um filho de 1,3 anos, o Luca.

A jovem já era exemplo como esposa, profissional, mãe, mas agora, depois de posar para as fotos sensuais, passou a ser exemplo de superação como mulher. “Tem muita gente que passa por coisas menores e vê que eu tenho uma vida normal. Pessoas que me veem dando a volta por cima é muito gratificante ser o exemplo.”

Para a fotógrafa Carina Galvão, que faz fotos todos os dias de várias pessoas, fotografar Letícia foi muito simples. “Não é diferente porque eu arrumo todas as pessoas e com ela não tem tempo ruim. O que eu proponho fazer, ela consegue. Ela fica linda do mesmo jeito. Cada um tem seu limite, a dificuldade é de cada um, independente de ser cadeirante”, afirma.

Fonte: G1

Redação

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