Ramira Gomes da Silva foi condenada a 34 anos de prisão em regime fechado, três anos após confessar o assassinato de seu filho de 4 meses. O julgamento ocorreu na Comarca de Sorriso, onde o crime foi cometido. O juiz Anderson Candiotto considerou o homicídio triplamente qualificado e a ocultação de cadáver ao determinar a pena.
O crime aconteceu em 14 de maio de 2021, quando Bryan da Silva Otany foi asfixiado e teve seu corpo desmembrado. Ramira colocou partes do corpo em uma sacola e enterrou outras no quintal. Os restos mortais foram descobertos por um cachorro, o que levou à intervenção da polícia.
De acordo com as investigações, Ramira pretendia se mudar para outro estado para morar com uma mulher com quem se relacionava virtualmente. A jovem acreditava que o bebê era um obstáculo para seus planos e decidiu matá-lo. Em seu depoimento, Ramira confessou que asfixiou o filho com um travesseiro enquanto ele dormia em um carrinho de bebê. Após constatar a morte, desmembrou o corpo para facilitar a ocultação, colocando partes em latas de leite em pó e enterrando outras no quintal.
Os restos mortais foram encontrados no dia 17 de maio por um cachorro, e Ramira foi presa no dia seguinte, quando tentava viajar para o Amazonas. A Defensoria Pública, que representa Ramira, solicitou um exame de insanidade mental, citando depressão pós-parto e traumas de infância, mas o pedido não alterou a decisão judicial.
O promotor de Justiça, Luiz Fernando Rossi Pipino, expressou satisfação com a decisão do tribunal do júri e a sentença proferida pelo juiz, destacando a brutalidade do crime.